08 de setembro de 2025 – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta terça-feira (9), o julgamento do núcleo 1 da chamada trama golpistaque envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus. O processo pode resultar em penas superiores a 30 anos de prisão para os acusados.
Na semana passada, o tribunal ouviu as defesas dos envolvidos e a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que defendeu a condenação de todos os réus. Agora, os ministros iniciarão a votação. As sessões estão reservadas para os dias 9, 10, 11 e 12 de setembro, com expectativa de conclusão ainda nesta semana.
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Acusações contra Bolsonaro e aliados
A denúncia da PGR aponta que o grupo teria elaborado o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Além disso, consta a participação na redação da chamada Minuta atingiuque teria como objetivo a decretação de estado de defesa e de sítio para impedir a posse de Lula em 2023. Os réus também são acusados de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Quem são os réus?
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Ordem dos votos no STF
A sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. O relator, Alexandre de Moraes, será o primeiro a votar, abordando as questões preliminares levantadas pelas defesas e, em seguida, o mérito do caso.
A sequência de votação seguirá com os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A maioria se dará com três votos de cinco.
Prisão e recursos
Mesmo que condenados, os réus não serão presos de imediato. A prisão só poderá ocorrer após a análise de recursos. Caso haja pelo menos um voto pela absolvição, será possível apresentar recurso adicional à Primeira Turma.
Após a publicação do acórdão, as defesas ainda poderão ingressar com embargos de declaração, que servem para esclarecer pontos do julgamento, mas que raramente alteram o resultado. Para levar o caso ao plenário, os acusados precisam garantir ao menos dois votos pela absolvição.
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