O Conselho de Relações Exteriores da União Europeia, que se reuniu em Bruxelas na terça -feira, 15 de julho, enviou um de seus avisos mais fortes até o governo da Geórgia. Em linguagem incomumente direta, o alto representante da UE de Relações Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, declarou:
“Os ataques à democracia pelo Partido dos Sonhos Georgianos estão se tornando mais graves – e se isso continuar, haverá consequências”.
Junte -se a nós no Telegram
Siga nossa cobertura da guerra no @Kyivpost_official.
Entre as medidas agora sendo seriamente consideradas pela UE:
- Suspensão do regime de viagem sem visto da Geórgia
- Reavaliação do Contrato de Associação
- Sanções direcionadas
31 de agosto: um prazo difícil
A UE deu ao governo da Geórgia até 31 de agosto para implementar um conjunto de recomendações democráticas importantes. Isso inclui proteger a liberdade de assembléia, a liberdade de expressão, o estado de direito e a proteção dos direitos fundamentais – todos os pilares dos valores políticos da UE.
Kallas enfatizou que o regime sem visto-concedido aos cidadãos da Geórgia desde 2017-é um “privilégio, não um direito”.
“Se esse bônus é concedido a um país que não cumpre suas obrigações, mostra que eles não estão levando o relacionamento a sério. É também uma questão de confiança”, disse ela.
Sete líderes da oposição presos
Uma das preocupações mais alarmantes levantadas por Bruxelas é a prisão de sete dos oito grandes figuras da oposição – um movimento que a UE considera incompatível com seus padrões democráticos.
“Quando ouvimos dizer que sete dos oito líderes da oposição estão presos, isso viola claramente as condições do acordo livre de visto e de nossos princípios compartilhados”, afirmou Kallas.
Outros tópicos de interesse
‘Eles estão matando civis inocentes’: o diplomata da UE diz que o prazo de Putin de 50 dias de Trump é muito longo
Trump disse nesta semana que imporia 100% de tarifas aos principais parceiros comerciais da Rússia se Putin não concordar com as negociações dentro de 50 dias.
O tom da UE mudou
Este não é apenas mais um aviso. A linguagem de Bruxelas endureceu notavelmente. Onde anteriormente a UE ofereceu declarações de advertência, desta vez está discutindo abertamente os mecanismos legais para reverter o status livre de vistos da Geórgia e aplicar pressão política ou econômica.
Se implementado, isso marcaria a primeira vez que a UE toma medidas punitivas contra um país da Parceria Oriental – um sinal claro de que a paciência com o governo da Geórgia está ficando fina.
Por que agora?
A reação da UE ocorre após uma série de desenvolvimentos alarmantes na Geórgia:
- A adoção da controversa lei de “agentes estrangeiros”,
- Recrutas generalizadas na sociedade e protestos civis,
- Assaltos físicos a ativistas e jornalistas,
- Desafio aberto das críticas ocidentais do Partido dos Sonhos Georgianos, no poder,
- Aumento da consolidação do poder por oligarca Bidzina Ivanishvili.
O que está em jogo para a Geórgia?
A suspender de viagens sem visto e reavaliar o contrato de associação não seria apenas simbólica. Essas etapas dariam um golpe sério à posição internacional da Geórgia, limitariam a mobilidade de seus cidadãos e danificariam sua economia – particularmente no momento em que o país está enfrentando uma crescente instabilidade política e incerteza global.
A UE está colocando a Geórgia em uma encruzilhada. O Partido dos Sonhos da Geórgia, na Geórgia, retorna ao caminho democrático e respeita os valores europeus – ou Bruxelas pode começar a fechar a porta recentemente aberta concedendo ao status de candidato da UE do país.
31 de agosto não é apenas um prazo – é um teste se a Geórgia escolhe a Europa ou o isolamento autoritário.