Nomes como Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Kylian Mbappé, Vinicius Junior, Hulk e Neymar (que por anos contou com o preparador Ricardo Rosa) adotam essa prática
Não é novidade que jogadores de futebol buscam treinadores particulares na pré-temporada para manter a forma e evitar a “ferrugem”. Muitos levam recomendações das comissões técnicas de seus clubes durante as férias, focando no cuidado com o físico e o condicionamento. No entanto, o que tem gerado debate é o treinamento fora do clube durante a temporada, com preparadores particulares. Essa prática, cada vez mais comum, levanta a questão: seria um risco ou uma vantagem?
Críticos apontam que o treinamento extra pode ser perigoso. O trabalho nos clubes já exige alta intensidade, e um reforço externo mal planejado pode levar à sobrecarga física, aumentando o risco de lesões. Por outro lado, exemplos bem-sucedidos mostram que, quando bem coordenado, o treinamento particular pode trazer resultados expressivos. Erling Haaland, por exemplo, sempre trabalhou com uma equipe de apoio pessoal, mantendo um grupo de WhatsApp com sua equipe particular e a comissão técnica do clube, compartilhando dados e cronogramas de forma transparente. Essa abordagem integrada tem sido chave para seu desempenho excepcional.

Siga o canal da Jovem Pan Esportes e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
Outro caso é o sueco Anthony Elanga, atacante do Newcastle, que no último mês postou um vídeo celebrando sua velocidade na Premier League, alcançando 10,93 segundos nos 100 metros — apenas 1,35 segundo acima do recorde mundial de Usain Bolt (9,58). Ele atribuiu o feito ao trabalho com seu treinador particular. Nomes como Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Kylian Mbappé, Vinicius Junior, Hulk e Neymar (que por anos contou com o preparador Ricardo Rosa) também adotam essa prática. Alguns jogadores, no entanto, preferem treinar em segredo para evitar conflitos com os clubes.
O professor Moracy Santana, referência em preparação física, defende que o treinamento com preparadores particulares pode ser altamente benéfico, desde que ajustado ao trabalho do clube. “A chave é a integração e o profissionalismo. O treino externo precisa complementar, não sobrecarregar”, explica Santana. Quando há diálogo e planejamento entre as partes, os resultados podem ser notáveis, como mostram os exemplos de sucesso. A receita, ao que parece, está na transparência e na colaboração para garantir que o jogador alcance seu melhor desempenho sem comprometer a saúde física.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.