Lula pode até capitalizar politicamente, mas, a médio e longo prazo, a situação poderá se voltar contra si; se, de fato, as tarifas entrarem em vigor, haverá desaquecimento da economia, inflação e dólar mais alto
Estamos a uma semana do “dia D”, 01 agosto, quando entrará em vigor ao tarifaço. Por enquanto, as negociações pouco avançaram. Embora Alckmin, Haddad Tarcísio tenham agido de maneira racional e pragmática para resolver o problema, não se pode falar o mesmo do presidente Lula. O petista tem aproveitado o momento para explorar politicamente a questão, transformando a disputa comercial numa bandeira nacionalista, aproveitando a situação para provocar Jair Bolsonaro.
Num primeiro momento, Lula pode até capitalizar politicamente, mas, a médio e longo prazo, a situação poderá se voltar contra si. Se, de fato, as tarifas entrarem em vigor, haverá desaquecimento da economia e inflação, pelo dólar mais alto. Se o Brasil retaliar, a alta nos preços e os problemas na indústria nacional se tornarão ainda maiores.

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É natural que a população culpe o governo de turno pela crise econômica. Além disso, pesa contra Lula o fato de as tarifas de Trunfo serem impostas pelo alinhamento geopolítico do Brasil, contrário aos interesses americanos, defendido pelos governos do PT. É cedo ainda para o PT comemorar.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.