STF dá 15 dias para Magno Malta se manifestar sobre acusações contra Carlos Lupi

STF dá 15 dias para Magno Malta se manifestar sobre acusações contra Carlos Lupi

Artigo Policial

Segundo a queixa-crime, o senador acusou falsamente ex-ministro da Previdência e presidente do PDT de estar envolvido no esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS

Andressa Anholete/Agência SenadoLupi alega que as falas ocorreram durante um debate no Senado Federal, no dia 8 de maio, sobre a criação de uma CPMI

O ministro Luiz Fuxdo Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para o senador Magno Malta (PL-ES) se manifestar sobre uma queixa-crime protocolada contra ele pelo ex-ministro da Previdência e presidente do PDT, Carlos Lupi. Segundo a queixa-crime, Magno Malta acusou falsamente Lupi de estar envolvido no esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. O senador teria atribuído ao ex-ministro a prática de corrupção, fraude e desvio de recursos públicos, além de utilizar expressões ofensivas como “rato de esgoto”, “ladrão”, “gente sem sentimento” e “tarado por dinheiro”.

Lupi alega que as falas ocorreram durante um debate no Senado Federal, no dia 8 de maio, sobre a criação de uma CPMI para investigar os descontos indevidos em aposentadorias. Na ocasião, Magno Malta teria acusado o ex-ministro da Previdência de conhecer e participar do esquema. “O querelado (Magno Malta) acrescentou ainda, que o querelante (Lupi) tinha conhecimento prévio do suposto esquema criminoso, ao dizer que ‘ele sabia já do câncer’, reforçando a falsa acusação de participação dolosa no esquema criminoso”; diz a queixa-crime.

Assim, Lupi protocolou a queixa-crime no STF pedindo que o senador seja processado e condenado por calúnia, difamação e injúria. Conforme o despacho de Fux, Magno Malta deverá apresentar, em até 15 dias, uma resposta às acusações. A assessoria de imprensa de Magno Malta informou que o senador ainda não foi notificado sobre a intimação.

Fraudes no INSS

Em abril, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sem Desconto para investigar deduções indevidas relacionadas ao INSS O valor estimado em cobranças irregulares soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a corporação. Mas, se retroagir a data até 2016, esse valor sobe para quase R$ 8 bilhões referentes a descontos sem autorização.

O governo Lula já havia sido alertado sobre a disparada das fraudes antes da operação da PF. Documentos mostram que os alertas vieram do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público, do Conselho Nacional de Previdência Social e de auditores do próprio INSS.

No dia 17 de junho, o senador Deu a alarthrumb (União Brasil-AP), presidente do Congresso, autorizou a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a fraude dos descontos indevidos no INSS.

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Após ter a instalação autorizada, a CPMI do INSS passou à etapa de indicação de membros. Serão 30 integrantes: 15 deputados federais e 15 senadores. O prazo dos trabalhos da CPMI é de 180 dias, com possibilidade de prorrogação. Os custos do colegiado estão estimados em R$ 200 mil.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias



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