Senador alerta que inadimplência empresarial causou R$ 200 bilhões em prejuízos e favoreceu crime organizado

Senador alerta que inadimplência empresarial causou R$ 200 bilhões em prejuízos e favoreceu crime organizado

Artigo Policial

Efraim Filho afirma que operação da PF contra fraudes na Faria Lima foi ‘empurrão que faltava’ para votação do projeto ‘devedor contumaz’, que busca coibir sonegação e aumentar arrecadação

Pedro França/Agência SenadoO parlamentar destacou que a legislação atual favorece empresas fraudulentas e permite desvios mais lucrativos que o tráfico de drogas

O senador Efraim Filho (União-PB) afirmou, nesta segunda-feira (1), que a operação da Polícia Federal envolvendo o PCC (Primeiro Comando da Capital) e empresários da Faria Lima foi o “empurrão que faltava” para a votação da proposta que visa combater a inadimplência de empresas. O projeto, chamado de “devedor contumaz”, deve ser analisado nesta terça-feira (2).

Segundo Efraim, a inadimplência de empresas causou prejuízo estimado em R$ 200 bilhões nos últimos dez anos e beneficiou organizações criminosas. “A conta do estudo da Receita Federal da dívida de R$ 200 bilhões e 1.200 CNPJs praticados na última década. A gente espera que, revertendo a legislação, essa prática, esse recurso volte a circular no mercado formal”, disse o senador.

Ele explicou que a mudança permitirá aumento da arrecadação do governo e prevenção de fraudes futuras. Quanto a dívidas passadas, a avaliação é de que muitas empresas já fecharam ou atuaram com nomes de laranjas, impossibilitando cobrança retroativa.

Crime organizado e economia clandestina

O parlamentar destacou que a legislação atual favorece empresas fraudulentas e permite desvios mais lucrativos que o tráfico de drogas. “O projeto avança com objetivo muito claro de evitar que o crime organizado se infiltre em setores estratégicos dessa economia, que é o que acontece hoje. O devedor contumaz é o braço do crime organizado, das facções criminosas que encontraram na clandestinidade, na fraude de combustível, uma atividade que dá margem maior de lucro do que o tráfico de drogas”, afirmou.

Efraim detalhou que criminosos têm aberto empresas temporárias e encerrado suas atividades em menos de um ano sem pagar impostos, o que dificulta investigações. “Empresas que são conhecidas como casca de ovo. Só tem a parte formal, só tem o papel, mas é criada em nome de laranjas, com CPF de terceiros, que até mesmo desconhecem que estão naquele contrato social. Não tem patrimônio conhecido no CNPJ”, declarou.

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O projeto “devedor contumaz” busca coibir práticas como essas, aumentar a arrecadação do governo e reduzir a influência do crime organizado no setor empresarial.



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