O secretário de Segurança Pública de Porto Alegre, Alexandre Aragon, integra o grupo de visitantes, composto por autoridades e assessores, que viajou para a zona de guerra a convite do governo israelense, no domingo (8), para um evento sobre o uso de tecnologias em segurança pública e desenvolvimento urbano. Entre os integrantes do grupo, estão prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de diversos municípios.
Aragon decidiu não acompanhar as demais comitivas e permanecer em Israel apesar do risco que representa. Com ele mais três convidados abandonaram a comitiva. Outros 12 gestores municipais se retiraram do cenário de guerra saindo pela Jordânia na manhã desta segunda-feira (16).
O secretário, que é tenente-coronel da reserva da Brigada Militar, disse que ficará até o dia 22 para “cumprir a missão”. Segundo nota oficial da Administração municipal, “Alexandre Aragon está em Israel para um curso voltado à segurança urbana, resiliência e tecnologia de defesa civil, assim como representantes de outros estados brasileiros. Durante a agenda, teve início o conflito entre Israel e Irã. Todos foram abrigados em bunkers. Parte da comitiva saiu e o secretário, por decisão pessoal, optou por ficar”.
Segundo informações da Confederação Nacional de Municípios (CNM)a comitiva de representantes municipais estava em deslocamento para um local onde embarcaria em um voo de retorno ao Brasil. Segundo o tesoureiro da confederação, Nélio Aguiar, integrante do grupo, a comitiva ultrapassou por ônibus a fronteira.
Durante o fim de semana, a confederação tratou com o governo federal, solicitando apoio das autoridades jordanianas para a possível saída dos gestores brasileiros por aquele país. A entidade mantém contato permanente com os mesmos, por meio de seu tesoureiro, e segue prestando todo o suporte necessário.
O governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais do país em Israel, a convite do governo local, no momento do início das hostilidades em curso, com o ataque israelense ao Irã, na noite de quinta-feira (12). A operação do Aeroporto Internacional de Tel Aviv foi temporariamente suspensa desde então como uma das consequências da crise.
A embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores fez gestão junto ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem. O secretário da África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras.
