A Rússia e a China criticaram na quinta-feira o plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para um sistema de defesa de mísseis do tipo Dome Iron Dome como “profundamente desestabilizador”, dizendo que correu o risco de transformar espaço em um “campo de batalha”.
Trump ordenou uma “cúpula de ferro para a América” logo após sua inauguração em janeiro, um programa para combater as ameaças de mísseis balísticas e hipersônicas.
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O plano revive as partes de um controverso plano da era Reagan, apelidado de “Guerra nas Estrelas” que teria colocado interceptores de mísseis no espaço.
“O programa ‘Dome Golden (Iron) for America’, em larga escala, também é profundamente desestabilizador”, disse a Rússia e a China em comunicado publicado pelo Kremlin, depois de negociações entre os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping em Moscou.
O plano “explicitamente prevê um fortalecimento significativo do arsenal para a realização de operações de combate no espaço”, acrescentou.
Os dois países disseram que começariam as negociações sobre a prevenção da implantação de armas no espaço e “combateriam políticas e atividades destinadas a alcançar a supremacia militar e formalizar o uso do espaço como campo de batalha”.
A proposta de Trump, que o presidente dos EUA também chamou de “cúpula dourada”, refere-se a um sistema de grande sucesso empregado por Israel para descer foguetes de curto alcance.
Washington enfrenta várias ameaças de mísseis dos adversários, mas diferem significativamente das armas de curto alcance que a cúpula de ferro de Israel foi projetada para combater.
A Rússia, que comanda o maior arsenal nuclear do mundo, lançou no ano passado um novo míssil hipersônico conhecido como “Oreshnik”, um especialista em armas acredita que voa 10 vezes a velocidade do som.
Pequim está fechando a lacuna com Washington quando se trata de tecnologia de mísseis balísticos e hipersônicos, de acordo com a estratégia de defesa nacional dos EUA divulgada em 2022.
A Rússia e os EUA trocaram acusações de espaço para armas nos últimos anos.