01 de outubro de 2025 – A proximidade do Dia Nacional da Abelhacelebrado em 3 de outubro, destaca um crescimento expressivo da produção de mel no Ceará. Entre 2017 e 2024, a produção saltou de 1,77 milhão para 6,05 milhões de quilos, um aumento de 241%que movimentou R$ 74,1 milhões, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
As abelhas, essenciais para a polinização e a biodiversidade, são também uma fonte estratégica de renda e sustentabilidade para comunidades do semiárido.
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Meliponicultura fortalece a Caatinga
No semiárido nordestino, além da conhecida abelha africanizada (Apis mellifera), espécies nativas sem ferrão, como a Jandaíra (Melipona subnitida)desempenham papel vital nos ecossistemas. A criação dessas abelhas, conhecida como meliponiculturaé apoiada pela Associação Caatinga Desde 2007.
Por meio do projeto No Clima da Caatinga (NCC)realizado em parceria com a Petrobras pelo Programa Petrobras Socioambiental, foram implementadas ações como capacitações, distribuição de enxames e construção de meliponários comunitários.
Renda sustentável para famílias
Até agora, o projeto distribuiu 260 caixas de enxamescapacitou 341 pessoas e implantou 11 meliponários. Atualmente, acompanha 79 meliponicultoresque conseguem vender o mel da abelha Jandaíra por até R$ 150 o litro.
Além do retorno econômico, a atividade resgata o valor cultural e medicinal do mel, tradicionalmente usado no combate a inflamações e doenças respiratórias.
Expansão e novas fases do projeto

Em setembro de 2025, começou a quinta fase do NCC, que prevê a implantação de novos meliponários familiares, oficinas práticas e materiais de capacitação, além de uma cartilha digital sobre a criação da abelha Jandaíra.
Para Carlito Lima, analista socioambiental da Associação Caatinga, os avanços comprovam a força do projeto:
“Essas ações fortalecem a meliponicultura local, promovem geração de renda sustentável e contribuem para a conservação das abelhas nativas e da Caatinga.”
Sobre a Associação Caatinga
UM Associação Caatingafundada em 1998, atua na conservação da Caatinga, no fortalecimento da resiliência das comunidades rurais e na adaptação aos efeitos do aquecimento global. Seu trabalho abrange 40 comunidades rurais no entorno da Reserva Natural Serra das Almas (RPPN)localizada entre Crateús (CE) e Buriti dos Montes (PI).
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