Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, em entrevista coletiva ao lado de líderes europeus no sábado

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, em entrevista coletiva ao lado de líderes europeus no sábado

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Volodymyr Zelenski escreveu na sua rede, Truth Social, que a Ucrânia deveria concordar “IMEDIATAMENTE” em negociar com a Rússia. “Estou começando a duvidar que a Ucrânia faça um acordo com Putin, que está muito ocupado comemorando a vitória da Segunda Guerra Mundial, que não poderia ter sido vencida (nem de perto!) sem os Estados Unidos da América. FAÇAM A REUNIÃO, AGORA!”, insistiu.

Pressionado, Zelenski confirmou sua presença nas conversas marcadas para quinta-feira, 15, na Turquia. E pediu a Donald Trump que também participe das negociações em Istambul.

“Estarei na Turquia. Espero que os russos não evitem esta reunião. E, claro, todos nós na Ucrânia esperamos que o presidente Trump esteja lá conosco”, escreveu nas redes sociais.

Ao embarcar para o Oriente Médio, o presidente americano sugeriu que poderia ir à Turquia se visse sinais de avanço para as negociações.

A Rússia, no entanto, se recusa a confirmar a presença de Vladimir Putin nas conversas que ele próprio sugeriu como contraproposta à trégua exigida por ucranianos e europeus.

A Europa deu um ultimato para que a Rússia implemente um cessar-fogo total por terra, ar e mar na Ucrânia até a meia-noite, sob pena de enfrentar sanções devastadoras.

Contudo, os ataques russos continuavam nesta segunda-feira. “Os russos estão ignorando completamente a oferta de um cessar-fogo abrangente e duradouro a partir de 12 de maio”, disse o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sibiga. “Eles continuam atacando posições ucranianas ao longo de toda a linha de frente”, denunciou.

Líderes europeus estiveram em Kiev no sábado e pressionaram Moscou a estabelecer o cessar-fogo incondicional, após meses de negociações lideradas pelos EUA que não deram resultados. Caso contrário, as sanções seriam massivas, alertou Emmanuel Macron.

“O tempo está passando”, disse um porta-voz do governo alemão em Berlim, alertando que a Europa começaria a preparar as sanções caso o cessar-fogo não entrasse em vigor até a meia noite.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse nesta segunda-feira que “a linguagem de ultimatos é inaceitável para a Rússia” e reiterou a exigência de Putin de que as “causas fundamentais” da guerra sejam abordadas.

Em sua declaração no domingo, Putin pediu a retomada das negociações de 2022, que ele alegou terem sido interrompidas por Kiev. Ele acrescentou que, se houver um cessar-fogo no futuro, a Ucrânia não deve ter permissão para se rearmar — reiterando uma das condições de Moscou para o cessar-fogo.

O Kremlin afirma que não há pré-condições para as negociações, mas exige que as conversas desta quinta-feira se baseiem no documento apresentado pelo Rússia em Istambul em 2022, mas que nunca foi aceita pela Ucrânia.

A proposta reduzia drasticamente o poder militar de Kiev, dava à Rússia poder de veto sobre qualquer futura assistência militar ao país, que também seria impedido de aderir à Otan. Isso deixaria a Ucrânia incapaz de se defender contra um futuro ataque russo.

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