Prefeituras francesas hasteiam bandeira palestina em apoio ao reconhecimento do Estado pela França

Prefeituras francesas hasteiam bandeira palestina em apoio ao reconhecimento do Estado pela França

Artigo Policial

Iniciativa ocorreu apesar da orientação contrária do governo nacional, que advertiu para riscos de tensões internas

Foto de Frederick Florin / AFPPrefeitura de Estrasburgo iluminada com as cores da bandeira palestina em Estrasburgo, no leste da França, em 22 de setembro de 2025. Mais de cinquenta prefeituras administradas pela esquerda hastearam a bandeira palestina na frente de seus prédios em 22 de setembro

Ao menos 50 prefeituras francesas, majoritariamente de esquerda, hastearam nesta segunda-feira (22) a bandeira palestina em apoio ao reconhecimento do Estado palestino pela França. A iniciativa ocorreu apesar da orientação contrária do governo nacional, que advertiu para riscos de tensões internas. O presidente Emmanuel Macron deve oficializar o reconhecimento em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, cumprindo promessa feita meses atrás e que gerou forte reação de Israel.

Segundo o Ministério do Interior, 52 das cerca de 35 mil localidades do país aderiram ao ato. Uma das primeiras foi Saint-Denis, na região metropolitana de Paris, com a presença do líder socialista Olivier Faure, que defendeu o gesto como símbolo da busca por uma solução de dois Estados.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Em Paris, a prefeita Anne Hidalgo optou por não aderir à campanha, mas projetou no domingo (21) as bandeiras de Israel e da Palestina, acompanhadas de uma pomba da paz, na Torre Eiffel. Ainda assim, ativistas e representantes da esquerda chegaram a hastear uma bandeira palestina por cerca de meia hora na fachada da prefeitura da capital. O Ministério do Interior, chefiado pelo conservador Bruno Retailleau, enviou um telegrama aos prefeitos pedindo que não adotassem a medida, com base no princípio de neutralidade do serviço público. A pasta também alertou para riscos de importação do conflito ao território francês e possíveis distúrbios à ordem pública.

A Justiça já determinou a retirada de algumas bandeiras, como em Malakoff, ao sul de Paris, onde a prefeita comunista Jacqueline Belhomme foi multada em 150 euros por dia de descumprimento. Ela afirmou que manterá o gesto até, pelo menos, terça-feira (23). O debate remete a outras polêmicas recentes no país. Em 2022, diversas cidades exibiram bandeiras ucranianas em solidariedade à resistência contra a Rússia, e em 2023, a Justiça ordenou a retirada de bandeiras de Israel hasteadas em Nice após ataques do Hamas.



Conteúdo original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *