01 de julho de 2025 — Enquanto discute possíveis nomes para disputar a Presidência em 2026o Partido Liberal (PL) passa por uma reavaliação de sua atuação como oposição ao governo Lulaem meio a divergências internas e manifestações com baixa adesão. O exemplo mais recente foi o ato na Avenida Paulistano último domingo, que reuniu cerca de 12,4 mil pessoassegundo levantamento do Cebrap/USP e da ONG More in Common.
Bolsonaro é pressionado a apontar sucessor
Inelegível, Jair Bolsonaro tem sido pressionado por líderes do Centrão e aliados próximos a indicar um sucessor. Porém, tanto ele quanto o pastor Silas Malafaia seguem apostando nos atos públicos como estratégia para manter a militância mobilizada.
Integrantes da cúpula do PL, no entanto, avaliam que a falta de um projeto concreto e de uma liderança definida prejudica o engajamento popular. A anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro e as acusações de “perseguição a bolsonaristas”, repetidas nos discursos, já seriam vistas como problemas gastosinternamente.
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Ala do PL defende “frente da direita” com novo nome
Parlamentares próximos ao presidente do PL, Valdemar Costa Netodefendem a construção de uma frente unificada da direitacom apoio de Bolsonaro a um novo nome — como forma de aumentar o engajamento popular, especialmente em datas simbólicas como o 7 de setembro.
A participação de nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitastem sido cogitada para compor campanhas publicitárias do partido, focadas em investimentos nos estadosenquanto críticas diretas a Lula e ao ministro Fernando Haddad devem ser deixadas em segundo plano.
Divisão também atinge estratégia no Congresso
No Legislativo, há também divergências de tom. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ)defende um enfrentamento direto ao governoenquanto a ala ligada a Valdemar propõe um jogo mais estratégico, com articulações nos bastidores. Essa estratégia inclui o trabalho em CPIscomo a do INSSe a costura de um texto alternativo de anistia para os condenados dos atos antidemocráticos.
“Puxar o freio de mão e jogar parado, nesse momento, é subestimar o Lula para 2026”, declarou Sóstenes. “Pretendo seguir nesta toada enquanto for o líder do partido.”
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Tags: PL, Jair Bolsonaro, eleições 2026, oposição a Lula, Tarcísio de Freitas, Valdemar Costa Neto, Silas Malafaia, Sóstenes Cavalcante, direita brasileira, manifestações bolsonaristas, CPI do INSS, anistia 8 de janeiro