Mello Araújo defende Bolsonaro, mas diz que se sente ‘à vontade’ para eventual comando da Prefeitura de São Paulo

PL cogita Mello Araújo no Senado em 2026, diz Valdemar; estratégia pode fazer parte de plano da direita para 2026 em SP

Artigo Policial

Vice-prefeito diz que movimento ‘não procede’ e que ‘vão ter que aguentá-lo’

Anderson Romão/Agif/Estadão ConteúdoO atual vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL)

O presidente do PL, Valdemar Costa Netoconfirmou à coluna, nesta quarta-feira (17), a possibilidade de o partido lançar o atual vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL), ao Senado em 2026. Valdemar garantiu que vai levar a ideia aJair Bolsonaro – ele deve visitar o ex-presidente, em prisão domiciliar, no próximo dia 25. A possibilidade faz parte de um dos planos da direita para as eleições em São Paulo no ano que vem. Caso o atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não dispute a reeleição, as possibilidades para substituí-lo se abrem.

“Tem chance, vou falar com Bolsonaro. Aí temos que colocá-lo na mídia para mostrar quem ele é. Não é muito conhecido”, disse Valdemar. Com Mello no Senado, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), poderia permanecer à frente do cargo até 2028, quando completa o mandato. Na avaliação de fontes próximas aos aliados, esse seria o melhor cenário por dois motivos: o primeiro é que Nunes não pareceria estar “queimando a largada” e abandonando a cidade, já que foi reeleito a pouco tempo para o primeiro mandato efetivo – antes, assumiu a posição após a morte de Bruno Covas. O segundo é que Mello Araújo é visto por parte da direita como inexperiente politicamente para assumir a capital.

Antes, o coronel foi presidente da Ceagesp durante a gestão Bolsonaro. À coluna, Mello Araújo disse que a informação sobre o Senado “não procede” e completou: “Vocês vão ter que me aguentar”. Há alguns meses, ele também disse à reportagem que se sentia “à vontade” para ser prefeito e rebateu as críticas. Para uma pessoa próxima, essa seria a melhor saída para Nunes. “Depois, com oito anos de Prefeitura, ele poderá seguir para o governo ou quem sabe outros cargos”, disse um aliado. A possibilidade de Mello Araújo no Senado e Nunes seguindo na prefeitura abre brecha para dois nomes, também na disputa pelo governo do Estado, ganharem força: o do vice atual de Tarcísio, Felício Ramuth (PSD), e do presidente da Alesp, André do Prado (PL).

Nunes pontua bem nas pesquisas

Apesar do cenário, Nunes tem sido o melhor pontuador nas pesquisas de intenção de voto – algo que tem sido procurado, também, pela direita. Ele tem se firmado com cerca de 20% das intenções de votoo que tem feito com que alguns aliados o vejam como impulsionador de Tarcísio.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.



Conteúdo original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *