Deputado se reúne com integrantes do PSD e do PCdoB e pretende dialogar com o Senado antes de apresentar seu relatório
O relator do projeto de lei sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeirodeputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), reafirmou nesta terça-feira (30) que seguirá defendendo a redução de penas, apesar da pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que insistem em uma anistia mais ampla. “Continuo defendendo a minha ideia de apresentar o relatório nessas condições (de redução de penas)”, disse o parlamentar após reunião com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).
A posição, no entanto, contrasta com a do PL, que cobra anistia “ampla, geral e irrestrita” — ainda que a expressão esteja proibida entre correligionários. “Vamos continuar insistindo que a redução de penas não resolve o problema. Pessoas já cumpriram um sexto da pena. O que cabe é anistia, mas jamais nos fecharemos ao diálogo”, afirmou Sóstenes. Paulinho tem mantido uma intensa agenda de reuniões. Na semana passada, esteve com a bancada bolsonarista, quando chegou a ser hostilizado. Ele também se encontrou com Sóstenes em outras ocasiões e, nesta quarta-feira (1º), deve conversar com familiares de presos pelos atos golpistas.

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Ainda nesta terça, o deputado se reúne com integrantes do PSD e do PCdoB e pretende dialogar com o Senado antes de apresentar seu relatório. O movimento busca reduzir tensões entre as Casas após a crise provocada pela chamada PEC da Blindagem. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para tratar do tema. Paulinho também sinalizou que deseja ouvir o ex-ministro petista José Dirceu. “Tenho relação com Zé desde 1980, sempre fui amigo dele e quero ouvir ele um pouco”, declarou.
*Com informações do Estadão Conteúdo