A greve dos motoristas do transporte público de Natal teve início na madrugada desta quarta-feira (4), com a paralisação afetando significativamente a rotina de milhares de passageiros. Apesar de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) que determinou a circulação de pelo menos 70% da frota durante a greve, usuários do sistema relatam demoras superiores a duas horas para embarcar nos coletivos.
Passageiros que dependem do transporte coletivo afirmam que a realidade nas ruas está distante do estipulado judicialmente. “Esperei mais de duas horas na parada e nenhum ônibus passou. É um descaso com quem precisa trabalhar”, relatou a estudante Amanda Mendes. Outro passageiro seu José Paulo que usa o transporte para trabalhar mencionou que, apesar de a greve ter começado à meia-noite, “Os ônibus só começaram a aparecer por volta das 6 horas aqui, e ainda assim, muito poucos passando direto”.
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“Eu só queria ir à consulta médica, que esperei há três meses. Mas acabei desistindo depois de uma hora e meia de espera no ponto. Essa greve pegou todo mundo de surpresa”, disse o aposentado João Batista.
O movimento grevista foi deflagrado pelo Sintro/RN após negociações sem sucesso com as empresas de transporte coletivo. A principal reivindicação é o reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Procurada pela reportagem do Diário do RN, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) informou que enviou agora pouco ofício a Justiça comunicando o não cumprimento da frota emergencial de greve. “O caso segue agora com a Justiça, as operadoras (Seturn) e os rodoviários (Sintro). Por se tratar de uma questão de descumprimento de decisão judicial”, afirmou.
