Parlamentares preparam pedido de CPMI para investigar escândalo financeiro com aliados de Trump e Bolsonaro

Parlamentares preparam pedido de CPMI para investigar escândalo financeiro com aliados de Trump e Bolsonaro

Artigo Policial

Mais de R$ 6,6 bilhões teriam sido movimentados com base em informações privilegiadas às vésperas do tarifaço dos EUA; denúncia aponta articulação internacional contra a soberania brasileira

DAVI CORRÊA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDOO comportamento do mercado e o momento das operações levantam suspeitas de uso de informação privilegiada para obtenção de lucros

Um novo escândalo de proporções internacionais pode ser alvo de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. A motivação é a revelação de que mais de R$ 6,6 bilhões foram movimentados de forma atípica na bolsa de valores brasileira, poucas horas antes do anúncio oficial do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil.

Segundo denúncia veiculada pelo portal ICL Notícias, os ganhos milionários estariam ligados a grupos com atuação próxima ao ex-presidente Donald Trump e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os operadores suspeitos estão grandes instituições financeiras como a BGC — empresa do atual Secretário de Comércio do governo TrunfoHoward Lutnick —, além do banco BTG Pactual e da corretora Tullett Prebon. O comportamento do mercado e o momento das operações levantam suspeitas de uso de informação privilegiada para obtenção de lucros com a queda previsível dos ativos brasileiros.

Parlamentares da base do governo classificam o caso como um “ataque à soberania nacional” e apontam indícios de uma articulação golpista com fins políticos e financeiros. “É inadmissível que aliados de Bolsonaro estejam lucrando com a desvalorização do país, enquanto o povo sente os efeitos da retaliação econômica”, afirmou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.

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O parlamentar acusa diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu aliado Paulo Figueiredo, neto do último general-presidente do regime militar, de atuarem nos Estados Unidos como lobistas favoráveis às sanções contra o Brasil. Ambos teriam participado de articulações junto ao governo Trump para pressionar por medidas que fragilizam a economia brasileira e afetam a imagem internacional do país.

Diante da gravidade das suspeitas, Lindbergh Farias anunciou que liderará um movimento para coleta de assinaturas com o objetivo de instaurar uma CPMI no retorno do recesso parlamentar. A comissão terá como missão investigar a origem das operações financeiras realizadas às vésperas do anúncio das tarifas, identificar eventuais crimes financeiros, de traição à pátria e possíveis conexões com agentes políticos ligados à extrema direita internacional.

“O Congresso Nacional não pode se calar diante de crimes que ferem a soberania brasileira. O Brasil não é colônia de interesses estrangeiros. É hora de reagir”, afirmou Lindbergh. A proposta deve acirrar ainda mais os ânimos entre governo e oposição no segundo semestre legislativo, reacendendo o debate sobre os limites da atuação política no exterior e o uso de informação privilegiada em operações financeiras.



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