Palestinos em Gaza ‘merecem mais que sobreviver’, diz enviado da ONU

Palestinos em Gaza ‘merecem mais que sobreviver’, diz enviado da ONU

Artigo Policial

Incursão israelense se intensificou neste mês em meio a uma crise humanitária, enquanto mediadores pressionaram por um cessar-fogo e pela libertação dos sequestrados

AFPNesta quarta-feira (28), a intervenção de Israel contra o movimento islâmico palestino Hamas completou 600 dias

Os palestinos em Gaza “merecem mais do que sobreviver”, disse a enviada das Nações Unidas para o Oriente Médio, Sigrid Kaag, ao Conselho de Segurança nesta quarta-feira (28), quando a intervenção de Israel contra o movimento islâmico palestino Hamas completou 600 dias. A incursão israelense em Gaza se intensificou neste mês em meio a uma crise humanitária, enquanto mediadores pressionaram por um cessar-fogo e pela libertação dos israelenses sequestrados após o ataque do Hamas que desencadeou a guerra em 7 de outubro de 2023. “Os civis de Gaza perderam toda a esperança.  Em vez de dizer ‘adeus, até amanhã’, os palestinos de Gaza agora dizem ‘até breve no Paraíso’. A morte é sua companheira. Não é vida, não é esperança. O povo de Gaza merece mais do que sobreviver. Merece um futuro”, disse Kaag.

“Desde a retomada das hostilidades em Gaza, a já aterrorizante existência dos civis afundou ainda mais no abismo”, acrescentou, pedindo mais uma vez um cessar-fogo e a libertação dos reféns israelenses. Em relação à população de Gaza, “palavras como empatia, solidariedade e apoio perdido o sentido”, acrescentou.”Não nos devemos acostumar com o número de pessoas mortas ou feridas. São filhas, mães e crianças pequenas cujas vidas foram destruídas. Todas têm um nome, todas têm um futuro, todas têm sonhos e aspirações”.

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Embora Israel tenha suspendido parcialmente, na semana passada, o bloqueio total imposto a Gaza desde 2 de março, oficialmente para forçar o Hamas a libertar os últimos reféns, enviado pela ONU lamentou a insuficiência da ajuda humanitária para atender às necessidades de mais de dois milhões de moradores ameaçados pela fome.“É como um bote salva-vidas depois que o navio afunda”, comentou. Kaag também expressou preocupação com a “trajetória perigosa” observada na Cisjordânia ocupada, onde há “uma atualização da anexação de fato por meio da expansão de assentamentos, confisco de terras e violência dos colonos”. Se essa situação não mudar, a solução de dois Estados, com Israel e viver lado a lado, “será fisicamente impossível”, alertou.

Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações da AFP



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