Por mais que o governo utilize da contabilidade criativa, as taxas de juros sobem diante do aumento da percepção de risco fiscal, atingido a sociedade brasileira
O governo brasileiro anunciou algumas medidas para as empresas que serão atingidas pelas tarifas de 50% de Donald Trump. Entre as medidas há linhas de crédito com taxas de juros subsidiadas, adiamento de impostos e compras governamentais. Segundo o governo, apenas uma fração dessas medidas terá efeito no resultado primário, uma vez que a maior parte dos recursos virá de fundos do governo que não são contabilizados na meta fiscal.
Entretanto, o fato de não atingir o resultado primário por questões contábeis não significa que a população não vai pagar a conta. Evidentemente que vai, pois os subsídios são pagados por meio de impostos do contribuinte. Se o resultado primário não será fortemente impactado, não se pode dizer o mesmo da dívida pública e do resultado nominal, que considera todas as receitas e despesas do governo, sem direito a maquiagem contábil.

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Por mais que o governo utilize da contabilidade criativa, as taxas de juros sobem diante do aumento da percepção de risco fiscal, atingido a sociedade brasileira. Não se trata de ser contra as empresas exportadoras atingidas pelas tarifas de Trump, mas reconhecer que a população brasileira está pagando a conta por um problema que, em parte, o próprio governo criou devido a posicionamentos geopolíticos antiamericanos.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.