Eduardo Bolsonaro assumiu, na maior desfaçatez e sem vergonha alguma, que trabalha contra o Brasil no caso do tarifaço aos produtos brasileiros. “Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo”, disse o filho Zero Três de Jair Bolsonaro sobre a comissão de senadores que está nos EUA tentando negociar um acordo que diminua a abusiva taxação de 50%.
Além de mentir para o governo norte-americano sobre a realidade de instituições brasileira, como o Supremo Tribunal Federal, o deputado licenciado resolveu, em nome de tentar evitar a prisão do pai, gerar um destruição de camadas produtivas brasileiras, com o desemprego em massa de alguns setores da economia a partir do dia 1º de agosto.
Com o prazo da licença vencida, o parlamentar continua empregado. Pode uma coisa dessas? Não deveria poder. É hora da Câmara agir pensando no exemplo que deve dar à sociedade brasileira. Tentou aumentar o número de parlamentares recentemente e só vota questões governistas, que às vezes são importantes ao país, com a liberação de emendas.
Eduardo passou de todos os limites.
Sua colega de parlamento e de extrema direita, Carla Zambelli, finalmente foi presa na Itália após conseguir se manter foragida das autoridades brasileiras por dois meses.
A parlamentar estava na lista de difusão vermelha da Interpol desde junho, quando deixou o Brasil pela Argentina, voou aos Estados Unidos e depois se escondeu na Itália, país onde tem cidadania, lembrou a coluna Radar.
A parlamentar foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do CNJ. Ela ainda pode perder o mandato parlamentar, caso a Câmara referende a decisão do Supremo.
E por que não referendou até agora? Porque a maioria do Congresso Nacional é conservadora e simpática às piores práticas bolsonaristas de fazer política. Ela já foi condenada no Brasil, fugiu para não cumprir a pena e finalmente foi descoberta pela Polícia Federal.
A Câmara já passou vergonha com ao não julgar o mérito do caso de Chiquinho Brazão, silenciando Marielle mais uma vez – sete anos após seu assassinato. Não é hora mais do silêncio permissivo em relação aos dois deputados bolsonaristas fujões