Um dia após vetar parcialmente o projeto que flexibiliza as regras da Lei da Ficha Limpa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou com os chefes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, e arrancou alguns compromissos dos parlamentares.
No encontro, ambos reforçaram que a reforma do IR será apreciada amanhã no plenário da Câmara e que a MP alternativa ao aumento das alíquotas do IOF deve ser colocada em votação na quinta-feira na comissão mista.
Na reunião, também debateram sobre o Orçamento e a proposição que trata de corte de subsídios tributários.
Além dos três, também participaram os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).
Durante o encontro, Motta e Alcolumbre também ouviram um pedido para que ajudem nas articulações para que o TCU reverta a decisão de considerar que o governo teve uma conduta irregular ao adotar o limite inferior do intervalo de tolerância, no lugar do centro da meta do resultado primário, nas contas públicas. Eles teriam acenado positivamente para a demanda.
Segundo os presentes, não houve reclamação formal em relação ao veto de Lula no trecho da nova Lei da Ficha Limpa que previa mudanças nos prazos de inelegibilidade de políticos condenados. A iniciativa era considerada impopular e, com o veto, o Congresso acabou sendo derrotado pelo Executivo.