No Brasil, o debate ganhou novo fôlego após os casos levantados por Felca e, mais recentemente, com a aprovação do PL da Adultização, que amplia a responsabilidade dos pais sobre a vigilância digital dos filhos e agora segue para sanção presidencial. Segundo a médica, que atua na área de Saúde mental, Daniela Marcondes, professora da Uniabeu, as consequências da permissividade com que pais assistem – e até incentivam – reels performáticos de crianças podem ir muito além de um “vídeo engraçadinho” ou de “likes fofos”. “Quando a infância é transformada em conteúdo, a criança corre o risco de crescer sem saber quem realmente é, porque sua identidade foi moldada por curtidas, comentários e pela expectativa dos outros”, alerta.
