Há alguns meses, o governador de São Paulo afirma que pretende permanecer no comando do Estado e buscar a reeleição, mas não descarta a possibilidade de disputar a Presidência seja chamado
Aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitasusam cada vez mais no dia a dia e em conversas de bastidores o termo “missão” para definir uma possível saída dele do Palácio dos Bandeirantes. Nos corredores, já há alguns meses, o chefe do Executivo paulista defende que seu desejo é permanecer na gestão estadual, tentando a reeleição – mas não nega que aceitaria o desafio de concorrer ao Palácio do Planalto se fosse chamado, justamente o que tem chamado de “missão”. A palavra se disseminou por pessoas próximas.
A diferença é que há quem acredite que a missão já é dada como certa. Para um aliado do alto escalão do governador, “(o ex-presidente Jair) Bolsonaro não tem outra alternativa. Tarcísio não tem escolha”. A avaliação é que, sozinha, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro não teria força suficiente contra Lula, forçando Bolsonaro a pensar em uma chapa conjunta. Outra pessoa próxima pondera: “a missão já foi dada. Até porque ele é, também, o único candidato com força suficiente e que também abrange o apoio do centrão”.
Além dos bastidores, a palavra também já virou pública na boca de alguns aliados. Caso do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuthque disse, nesta segunda-feira (6), em jantar com empresários no ABC paulista, que “se Bolsonaro convocar, Tarcísio pode pensar bem e topar essa missão. Parte dos partidos da direita também gostaria de vê-lo como candidato à Presidência da República”. A expectativa de pessoas próximas, no entanto, é que essa decisão – ou o chamado da “missão” – só ocorra em meados de fevereiro do ano que vem, depois de esgotadas todas as possibilidades de que Bolsonaro concorra. Até lá, o foco do governador de São Paulo será continuar reforçando a fala de que vai tentar a reeleição ao Bandeirantes.
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Até nisso, a palavra missão ajuda, como explica um auxiliar: “Quando falamos em missão, a gente vê que é um chamado de fora, para além dos desejos do governador. E consegue comprovar e mostrar que isso está além dele. Que o foco dele mesmo é o Estado de São Paulo e a entrega de projetos por aqui”, afirma. A entrega de obras a longo prazo, além do desejo da família, também estão entre as afirmações usadas pelos aliados que reforçam o compromisso de Tarcísio com o Estado. E a “missão” deve continuar percorrendo o entorno do governador pelos próximos meses.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
