13 de agosto de 2025 — O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) inicia, nesta quarta-feira (13), as negociações para um acordo de colaboração premiada com o auditor da Receita Estadual Artur Gomes da Silva Netoacusado de corrupção fiscal por conceder benefícios tributários ilegais a empresas em troca de propinas milionárias.
A reunião inicial entre promotores e o auditor ocorrerá na prisão, no 8º Distrito Policial de São Paulo, no Belenzinho, Zona Leste, onde Artur está detido. A iniciativa acontece após seus advogados sinalizarem a disposição do acusado em colaborar com as investigações do esquema de corrupção.
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Possíveis novos alvos nas investigações de corrupção fiscal
De acordo com os investigadores, devido à complexidade e magnitude do esquema de corrupção fiscal, há fortes indícios de que Artur Gomes da Silva Neto não tenha atuado sozinho. A expectativa é que, em troca de benefícios legais, ele possa revelar nomes de outros servidores públicos envolvidos, incluindo superiores hierárquicos, além de identificar novas empresas que teriam participado das operações ilegais.
O MP-SP investiga crimes de corrupção passiva, ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Até o momento, não há indícios do envolvimento da cúpula da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulonem do secretário Samuel Kinoshita.
Empresas envolvidas e novas delações
O caso ganhou repercussão nacional após ligações diretas com grandes empresas, como a Ultrafarma e rede varejista Fast Shop. Vídeos divulgados nas investigações mostram mansões de luxo e pilhas de dinheiro em espécie, reforçando o impacto financeiro do esquema de propina.
Além da possível delação de Artur Gomes da Silva Netoo Ministério Público considera abrir negociações para colaboração premiada com Sidney Oliveiradono da Ultrafarma, e com Mario Otávio Gomesdiretor estatutário da Fast Shop. Até a noite desta terça-feira (12), no entanto, não havia manifestação formal dos advogados de ambos.
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Tags: Ministério Público de São Paulo, auditor da Receita Estadual, corrupção fiscal, Artur Gomes da Silva Neto, Ultrafarma, Fast Shop, propina, benefícios fiscais ilegais, delação premiada, investigação MP-SP, Samuel Kinoshita, fraude tributária