09 de junho de 2025 – No primeiro dia de interrogatórios do Núcleo 1 da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado, o tenente-coronel Mauro Cid fez novas revelações ao ministro Alexandre de Moraes não Supremo Tribunal Federal (STF):
Sacola de vinho com dinheiro vivo
Cid declarou que recebeu de Walter Braga Netto uma sacola de vinho recheada de dinheiro para repassar ao major Rafael de Oliveiraintegrante dos chamados “kids pretos”, grupo de elite suspeito de apoiar ações golpistas. O delator disse não saber a origem nem o valor do montante e apontou empresários do agronegócio como possíveis financiadores das manifestações em frente aos quartéis.
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Bolsonaro mandou vigiar Moraes
O militar confirmou que, no fim do mandatoJair Bolsonaro ordenou o monitoramento da rotina do ministro Alexandre de Moraes para verificar supostos encontros com o então vice-presidente Hamilton Mourão. A tarefa foi atribuída ao coronel Marcelo Câmaratambém réu na ação. Segundo Cid, pedidos semelhantes de “verificação” eram comuns quando Bolsonaro considerava alguém um adversário político.
Fraude nas urnas como gatilho para intervenção
O ex-ajudante de ordens reiterou que Bolsonaro, Braga Netto e outros aliados contavam em descobrir uma fraude nas urnas eletrônicas para convencer os comandantes das Forças Armadas a aderir a uma intervenção e reverter o resultado das eleições de 2022.
Cronograma dos próximos depoimentos
Os interrogatórios presenciais na Primeira Turma seguem até sexta-feira (13):
- Mauro Cid (delator)
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-chefe do GSI)
- Jair Bolsonaro
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto
Encerradas as oitivas, acusação e defesa poderão solicitar diligências adicionais antes das alegações finais.
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