Mais de 20 países incluindo França e Espanha assinam declaração pedindo fim da guerra na Faixa de Gaza

Mais de 20 países incluindo França e Espanha assinam declaração pedindo fim da guerra na Faixa de Gaza

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Vinte e seis ministros das Relações Exteriores assinaram nesta segunda-feira (21) uma carta em que pedem o fim da guerra na Faixa de Gaza dizendo que o ‘sofrimento dos civis precisa parar’. A revelação acontece no dia em que tanques de Israel entraram, pela primeira vez, na região Deir al-Balah, parte central do enclave palestino.

De acordo com o exercito de Israel essa área possui militantes do Hamas, além de alguns dos reféns que estão presos pelo grupo. O país emitiu ordens para evacuação na região, uma das mais populosas atualmente na Faixa de Gaza.

O países que assinaram o texto foram: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido, além do comissão da União Europeia.

Leia o texto completo:

“Nós, os signatários listados abaixo, nos unimos com uma mensagem simples e urgente: a guerra em Gaza precisa acabar agora. O sofrimento dos civis em Gaza atingiu novos patamares. O modelo de entrega de ajuda do governo israelense é perigoso, alimenta a instabilidade e priva os moradores de Gaza da dignidade humana. Condenamos o fornecimento de ajuda humanitária a conta-gotas e a matança desumana de civis, incluindo crianças, que buscam atender às suas necessidades mais básicas de água e comida. É horrível que mais de 800 palestinos tenham sido mortos enquanto buscavam ajuda. A negação, pelo governo israelense, de assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável. Israel deve cumprir suas obrigações sob o Direito Internacional Humanitário. Os reféns cruelmente mantidos em cativeiro pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023 continuam sofrendo terrivelmente. Condenamos sua detenção contínua e pedimos sua libertação imediata e incondicional. Um cessar-fogo negociado oferece a melhor esperança de trazê-los de volta e pôr fim à agonia de suas famílias. Apelamos ao governo israelense para que suspenda imediatamente as restrições ao fluxo de ajuda e permita urgentemente que a ONU e as ONGs humanitárias (organizações não governamentais) realizem seu trabalho de salvar vidas com segurança e eficácia. Apelamos a todas as partes para que protejam os civis e cumpram as obrigações do direito internacional humanitário. Propostas para remover a população palestina para uma “cidade humanitária” são completamente inaceitáveis. O deslocamento forçado permanente é uma violação do direito internacional humanitário. Opomo-nos veementemente a quaisquer medidas que visem mudanças territoriais ou demográficas nos territórios palestinos ocupados. O plano de assentamento E1 anunciado pela administração civil de Israel, se implementado, dividiria o estado palestino em dois, marcando uma violação flagrante do direito internacional e minando gravemente a solução de dois estados. Enquanto isso, a construção de assentamentos em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, acelerou, enquanto a violência dos colonos contra palestinos disparou. Isso precisa parar. Instamos as partes e a comunidade internacional a se unirem em um esforço comum para pôr fim a este terrível conflito, por meio de um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente. Mais derramamento de sangue não serve para nada. Reafirmamos nosso total apoio aos esforços dos EUA, Catar e Egito para alcançar esse objetivo. Estamos preparados para tomar novas medidas em apoio a um cessar-fogo imediato e a um caminho político para a segurança e a paz para israelenses, palestinos e toda a região.”

*Com informações da CBN



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