Lula posta foto com boné ‘Brasil é dos brasileiros’ em meio a embate tarifário com Trump

Lula sanciona lei que reserva 30% das vagas em conselhos de estatais para mulheres

Artigo Policial

Nova legislação prevê cota gradual para mulheres, com prioridade para negras e com deficiência; medida vale para empresas como Petrobras e Banco do Brasil

Reprodução/X/@LulaOficialO presidente também homenageou a cantora Preta Gil, falecida no último domingo (20), com um minuto de silêncio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (23) a lei que obriga estatais e sociedades de economia mista a destinarem pelo menos 30% das vagas em conselhos de administração para mulheres. A norma se aplicará a empresas como Petrobras e Banco do Brasil, e a exigência será implantada de forma gradual, ao longo de três ciclos eleitorais internos.

De autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e relatado pela senadora Professora Dorinha (União-TO), o projeto foi aprovado pelo Congresso no fim de junho e prevê ainda que parte dessas vagas seja reservada para mulheres negras ou com deficiência, com autodeclaração como critério de identificação.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula classificou a medida como “mais um degrau” na luta por igualdade de gênero. O presidente também homenageou a cantora Preta Gilfalecida no último domingo (20), com um minuto de silêncio: “Queria que as mulheres prestassem homenagem a uma mulher importante que se foi, que foi a Preta Gil”, declarou.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Estatais com mulheres no comando

Atualmente, Petrobras e Banco do Brasil são presididos por mulheres — Magda Chambriard e Tarciana Medeiros, respectivamente — ambas indicadas por Lula. A nova legislação, além de reforçar a representatividade feminina nos cargos de comando, prevê que, caso a reserva de vagas não seja cumprida, os conselhos ficarão impedidos de deliberar sobre qualquer tema. Empresas privadas também poderão aderir voluntariamente à política de cotas e, em troca, receber incentivos governamentais, que ainda serão regulamentados.

Ministra elogia Lula, mas histórico gera críticas

Presente ao evento, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou o papel de Lula na promoção de mulheres no governo: “É o presidente que mais incentivou a participação feminina. Não é só discurso, é prática”, afirmou. Apesar dos elogios, o governo já foi criticado por decisões controversas. Nos últimos meses, três ministras — Nísia Trindade (Saúde), Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte) — foram substituídas por homens, reduzindo a presença feminina no primeiro escalão. Hoje, o governo conta com dez ministras.

Lula também já foi alvo de polêmicas por declarações públicas sobre mulheres. Em julho de 2023, associou torcedores corintianos à violência doméstica de forma irônica. Já em janeiro deste ano, afirmou em evento que é “amante da democracia” porque “os amantes são mais apaixonados que os maridos”.

Impacto da nova lei

A nova legislação marca um avanço institucional na promoção da equidade de gênero e amplia a presença de mulheres negras e com deficiência em cargos de liderança no setor público. Segundo especialistas, a medida pode impulsionar mudanças também no setor privado, caso os incentivos previstos sejam bem definidos. Com a sanção presidencial, o texto agora segue para regulamentação e aplicação progressiva, tornando-se parte do arcabouço legal de inclusão e diversidade nas empresas públicas do Brasil.



Conteúdo original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *