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Lubrificante: como identificar um produto de má qualidade

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Escolher o lubrificante certo é uma das decisões mais importantes para garantir a durabilidade do motor e manter os custos de operação sob controle. A tarefa, no entanto, não é simples, principalmente para motoristas autônomos e gestores de frota que precisam equilibrar preço, qualidade e disponibilidade do veículo. De acordo com Alberto Freitas, chefe de operações da Valvolinao mercado ainda enfrenta um desafio grave relacionado a falsificação de lubrificantes.

Lubrificante: como identificar um produto de má qualidade?

As embalagens falsificadas são, muitas vezes, produzidas com tanto capricho que enganam até os olhos mais atentos. Para Freitas, a principal pista está no preço. Quando a oferta é muito abaixo da média praticada pelo mercado, é preciso desconfiar. Além disso, alguns cuidados básicos ajudam a reduzir o risco: conferir lacres e selos de indução, observar se o rótulo traz informações claras como lote e data de fabricação e sempre dar preferência a marcas e distribuidores de confiança.

Como evitar lubrificante falsificado?

Mesmo com essas precauções, há casos em que o óleo adulterado acaba chegando ao motor. Nesse ponto, a atenção do motorista faz diferença. Alterações na viscosidade, diferenças de cor ou mudanças na textura do óleo são sinais de alerta. Quem usa sempre o mesmo lubrificante consegue perceber quando algo não está dentro do padrão. Segundo Freitas, a insistência em utilizar produtos fora da especificação pode provocar consequências sérias.

Lubrificante: quais os principais danos?

Os danos vão muito além da simples troca de óleo antecipada. Em veículos modernos, como os que seguem o padrão Euro 6, o uso de lubrificante inadequadopode comprometer o funcionamento do filtro de partículas (DPF) e do catalisador, peças essenciais para atender às exigências de emissões. Além disso, a eficiência do motor diminui, o consumo de combustível aumenta e os componentes internos se desgastam em ritmo acelerado. Em outras palavras, um pequeno descuido pode resultar em reparos caros e perda de disponibilidade do caminhão.

Outro fator que precisa ser lembrado é a relação direta entre o lubrificante e o fluido de arrefecimento. Se o motor trabalha acima da temperatura ideal porque o sistema de arrefecimento não está em boas condições, o óleo perde eficiência rapidamente. Nessas situações, ocorre a formação de borra no motor, o que compromete ainda mais o desempenho e acelera o desgaste.

A tentação de comprar lubrificante a granel é outro risco recorrente no dia a dia dos transportadores. Embora algumas empresas ofereçam sistemas seguros e confiáveis, em muitos casos não existe controle real sobre a qualidade do que está dentro do tambor. A prática pode parecer econômica em um primeiro momento, mas quando não há garantia de procedência o barato acaba saindo caro.

Na visão do especialista, alguns cuidados simples podem evitar grandes prejuízos. O caminhoneiro não deve se guiar apenas pelo preço, deve adquirir produtos de fornecedores confiáveis, verificar lacres e rótulos e desconfiar sempre do óleo a granel quando não houver comprovação de qualidade. Também é fundamental manter o sistema de arrefecimento em boas condições e utilizar apenas lubrificantes que atendam às especificações recomendadas pelo fabricante do veículo.

“O lubrificante é um investimento. Escolher um produto de qualidade pode custar um pouco mais, mas evita problemas muito maiores e garante a disponibilidade do caminhão”, reforça Freitas. Em um setor onde cada minuto de parada representa perda de faturamento, a prevenção continua sendo a melhor estratégia.



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