O Litoral Norte do Rio Grande do Sul se prepara para receber a quarta e última estação do projeto ECOS – Quatro Estações de Arte e Sustentabilidadeque chega na etapa “Primavera – Artes Integradas”. De outubro a dezembro, cidades como Maquiné, Osório, Imbé e Torres serão palco de uma programação cultural gratuita que une artistas locais, nacionais e internacionais – Bolívia, Moçambique e Equador. A programação completa você confere aqui.
Com o tema Arte e Sustentabilidade, o festival propõe debates sobre questões urgentes da sociedade contemporânea: da crise ambiental às desigualdades sociais, a partir da potência da arte. “Nesta primavera, o ECOS trouxe uma diversidade de vozes e culturas que pensam o nosso tempo por meio da arte. Do meio ambiente à tradição africana, da memória à resistência política, são espetáculos que ampliam o diálogo sobre sustentabilidade e ancestralidade”, destaca Pascal Berten, coordenador do projeto.
A agenda terá início por Osório nesta quinta-feira (9), com a peça de teatro de rua Viagem ao Coração da Mãe Terrado Teatro Grito (Bolívia), às 15h, na Praça da Integração (Atlântida Sul). O espetáculo aborda, de forma poética e lúdica, as dores do planeta diante da destruição ambiental e já circulou por festivais na América Latina e Europa, sendo premiado pelo Ministério da Cultura da Bolívia.
Outro destaque é o monólogo Nos Tempos de Gungunhanacom o ator Klemente Tsamba (Moçambique), inspirado na obra do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. A peça recria a tradição oral africana e traz à cena a figura do lendário rei Gungunhana, em duas apresentações: dia 15, em Maquiné, e 16 de outubro em Torres.
Encerrando a programação internacional, o Colectivo Yama (Equador) apresenta Memórias de Águaum solo autobiográfico da atriz Carlina Derks Bustamante, que entrelaça vivências pessoais e a memória coletiva de um povo marcado pela violência política. As sessões acontecem nos dias 23 em Imbé e 25 de outubro em Maquiné.

A agenda brasileira inclui a oficina de “Teatro e Performance”, com Pascal Berten, e a performance Manifesto de uma Mulher do Teatrocom Tânia Farias, da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Haverá também a Moldagemcontação de histórias com Mayura Matos, no Quilombo do Morro Alto; Imersão Ensino Mbya Arandu – Compartilhando Vidascom Jaime Vherá Guyrá (Mbya Guarani, RS) e Eugênio Barboza (povo Mura, AM); residências artísticas; visitas guiadas e atividades em escolas.
O encerramento do festival terá o Sarau “Vozes Ancestrais”, em 13 de dezembro, no Ponto de Cultura AMÓ, em Maquiné. O encontro é organizado pelo ativista cultural Alex Pantera, reunindo artistas, poetas e músicos em um festejo coletivo inspirado em tradições afro-brasileiras e indígenas.
“Ó ECOS é mais do que programação cultural. É um convite a refletir sobre a nossa relação com a natureza e com as comunidades que a preservam. Encerrar esse ciclo com a primavera é simbólico: é tempo de florescer novas ideias e novas alianças pela vida”, comemora Pascal Berten, que também integra o Ponto de Cultura AMÓ.

Ó ECOS – Quatro Estações de Arte e Sustentabilidade é realizado pelo Ponto de Cultura AMÓ – Lugar de Bem Viver, com recursos da Lei Complementar n° 195/2022, Lei Paulo Gustavo, e apoio do Fundo Iberescena e das Prefeituras Municipais de Maquiné, Imbé e Osório.
Serviço
Estreia Internacional do projeto ECOS – Quatro Estações de Arte e Sustentabilidade
Data: 9 de outubro (quinta-feira)
Horário: 15h
Programação completa aqui
Entrada livre.