O parlamentar afirmou ainda que pretende defender, na reunião de líderes prevista para esta terça-feira (23), a adoção de uma ‘pauta popular’ e a retirada do projeto de revisão de penas da agenda
O líder do Pt na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta segunda-feira (22) que não há chances de avanço, nesta semana, do projeto que prevê a revisão de penas, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Segundo ele, a discussão “perdeu o sentido” após o governo dos Estados Unidos aplicar novas sanções da Lei Magnitsky contra o Brasil.
As punições incluíram o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras e sanções contra Viviane Barci de Moraes, advogada e esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também foi afetado.

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Lindbergh explicou que, além do impacto político das sanções, a pauta da Câmara ficará trancada a partir desta terça-feira (23) devido à tramitação, em regime de urgência constitucional, de um projeto do Executivo sobre licenciamento ambiental. O prazo de 45 dias para análise da proposta começou em 9 de agosto. “Qualquer discussão de revisão de penas a partir desse novo ataque perdeu o sentido. Eu estou na expectativa de ter uma conversa amanhã com o relator, o Paulinho da Força”, declarou. Para o petista, o tema “esfriou completamente” e já nasceu desgastado por ter sido discutido inicialmente em reuniões com Michel Temer e Aécio Neves.
O parlamentar disse ainda que pretende defender, na reunião de líderes prevista para terça-feira, a adoção de uma “pauta popular” e a retirada do projeto da agenda. Ele também manifestou expectativa de que seja votada, ainda nesta semana, a Medida Provisória que cria o programa Agora Tem Especialistas. O ex-presidente Michel Temer, que atua como conselheiro político de Paulinho da Força, também reconheceu que o avanço do projeto foi comprometido pelas sanções americanas. “Esse último gesto foi bastante agressivo. Acho que, neste momento, é preciso repensar um pouco”, afirmou à GloboNews. Segundo ele, será necessário “deixar a poeira assentar” antes de retomar as negociações.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula