Líder do PT pede ao STF prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro por crime militar

Líder do PT pede ao STF prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro por crime militar

Artigo Policial

Petição acusa deputado licenciado de atuar nos Estados Unidos para pressionar autoridades contra o Brasil; solicitação inclui suspensão de passaporte diplomático e proibição de contatos com agentes estrangeiros

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Deputado licenciado, Eduardo Bolsonaro, está vivendo nos Estados Unidos

O líder do Pt na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta quinta-feira (17), um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para a prisão preventiva do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A solicitação é sustentada por acusações que envolvem cinco crimes, entre eles um previsto no Código Penal Militar, relacionado à atuação do parlamentar no exterior. De acordo com o documento, também assinado pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), Eduardo estaria envolvido em ações nos Estados Unidos com o objetivo de pressionar autoridades norte-americanas a adotarem medidas de retaliação ao Brasil, como a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — medida que teria ligação com decisões do STF no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Atualmente licenciado do mandato, Eduardo Bolsonaro reside nos EUA, de onde, segundo Lindbergh, age com risco de “fuga, continuidade delitiva e obstrução das investigações”. Os peticionários pedem que, caso a prisão não seja decretada, o Supremo suspenda seu passaporte diplomático e proíba contato com agentes estrangeiros. A petição também solicita que o Ministério das Relações Exteriores seja notificado para investigar possível uso indevido do passaporte diplomático do deputado.

O principal destaque do pedido é a acusação de crime militar por “entrar em entendimento com país estrangeiro para gerar conflito ou perturbar relações diplomáticas”, previsto no artigo 142 do Código Penal Militar. A pena varia de quatro a oito anos de prisão, podendo chegar a vinte e quatro anos em caso de ruptura diplomática ou guerra. O documento ainda pede que Eduardo Bolsonaro responda por coação no curso do processo, obstrução de justiça, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania nacional. A defesa de Eduardo Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o pedido.



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