Após manifestação do ministro do STF na Corte, oposição vê espaço para pedir revisão do caso; o independente Otoni de Paula disse que voto foi o ‘mais técnico e com maior embasamento jurídico’
O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), usou o voto do ministro Luiz Fux no julgamento da chamada “trama golpista” para atacar a condução do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, pelo relator Alexandre de Moraes. Durante a sessão desta quarta-feira (10), Zucco elogiou Fux e disse que, enquanto “uns citam Mickey e Pateta, outros citam juristas”, em referência indireta a votos anteriores.
Zucco afirmou que o ministro Moraes atua como “vítima e julgador” e que a decisão da Corte “não é jurídica”. Ele também reforçou um dos principais argumentos de Fux, de que os réus não têm foro privilegiado e, por isso, o processo deveria tramitar em outra instância. Outros parlamentares da oposição também reagiram. O deputado André Fernandes (PL-CE) disse que o voto de Fux “encheu de orgulho” e abriu espaço para que defesas peçam revisão do caso. Ele ainda demonstrou esperança em um eventual pedido de vista que adie a decisão.
Já o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que se coloca como independente, afirmou que o voto de Fux foi “o mais técnico e com maior embasamento jurídico”, além de criticar a falta de respeito ao devido processo legal.

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O julgamento da Primeira Turma do STF envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Até agora, Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação, enquanto Luiz Fux divergiu e defendeu a anulação do processo. A decisão final será tomada por maioria simples, com os votos ainda pendentes de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
*Com informações de André Anelli