Keir Starmer se reúne com Trump na Escócia para discutir possível acordo sobre tarifas

Keir Starmer se reúne com Trump na Escócia para discutir possível acordo sobre tarifas

Artigo Policial

Primeiro-ministro do Reino Unido também tratará com o republicano sobre ‘o que mais pode ser feito’ para acelerar a entrada de ajuda humanitária e libertar os reféns mantidos pelo Hamas

EFE/EPPA/EPP O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e Donald Trump durante encontro no resort de golfe Trump Turnberry, na Escócia

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmerviaja nesta segunda-feira (28) para o campo de golfe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trumpna Escócia, para pedir ações frente à crise humanitária na Faixa de Gaza e que tente garantir uma redução das tarifas para o Reino Unido. Entre duas partidas de golfe, o magnata republicano de 79 anos receberá o premiê em Turnberry (sudoeste da Escócia), no luxuoso complexo de propriedade da família de Trump onde está hospedado em sua visita, desta vez privada e diplomática. Na véspera, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também foi ao local para negociar um acordo comercial no qual a União Europeia está sujeita a tarifas de 15% sobre suas exportações para os Estados Unidos. Na segunda-feira, os líderes britânico e americano deveriam abordar a situação em Gaza, onde a população enfrenta “sofrimentos indescritíveis e fome”, segundo Downing Street. Starmer quer impulsionar a retomada das negociações sobre um cessar-fogo no território palestino, sitiado por Israel desde o início da guerra contra o Hamas em 7 de outubro de 2023.

O primeiro-ministro também conversará com Trump sobre “o que mais pode ser feito” para acelerar a entrada de ajuda humanitária e libertar os reféns mantidos pelo Hamas, segundo seu gabinete. Na semana passada, terminou sem sucesso uma nova rodada de negociações no Catar, com a retirada das delegações israelense e americana. O presidente dos EUA acusou o Hamas de não querer um acordo, o que este último negou.

Israel acusa o grupo terrorista de impedir a distribuição de alimentos aos palestinos. O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão internacional pela situação humanitária em Gaza. No sábado, Londres anunciou que deseja enviar ajuda a Gaza e retirar “crianças que precisam de assistência médica”. “Os Estados Unidos aumentarão sua ajuda para Gaza”, declarou Trump no domingo, pedindo que “outros países participem”, porque é “um problema internacional”. Ele também acusou o Hamas de “roubar a comida” enviada ao território. Israel anunciou no domingo uma pausa nos combates em algumas áreas de Gaza, e os primeiros lançamentos de alimentos por via aérea foram realizados.

Aço e alumínio

Starmer também está sob pressão para reconhecer um Estado palestino, depois que o presidente francês Emmanuel Macron anunciou a intenção da França de fazer o mesmo durante a próxima Assembleia Geral da ONU em setembro. Mais de 220 deputados britânicos, incluindo dezenas de sua maioria trabalhista, pediram a ele esta semana que desse este passo. Na segunda-feira, o ministro britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, destacou à emissora ITV que o reconhecimento de um Estado palestino estava no programa de campanha dos trabalhistas e que “a questão não é se, mas quando” isso acontecerá.

Starmer também espera alcançar alguns avanços nas relações comerciais com o presidente americano. Ao chegar na sexta-feira à Escócia, terra natal de sua mãe, Trump afirmou que seria um momento de “celebração” com Starmer após o acordo comercial de maio, que prevê tarifas reduzidas para os produtos britânicos. “É um bom acordo”, disse o republicano no domingo, garantindo que o premiê está “fazendo um bom trabalho”.

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Londres já recebe um tratamento mais favorável do que outros parceiros internacionais de Washington, com tarifas limitadas ao mínimo de 10%, mesmo para o setor automotivo. Apesar disso, o governo britânico continua negociando isenções para o aço e o alumínio. Atualmente, estes produtos estão sujeitos a uma taxa de 25%, metade da taxação de 50% aplicada ao resto do mundo. Em troca dessas reduções tarifárias, o Reino Unido se comprometeu a abrir ainda mais seu mercado ao etanol ou à carne bovina dos Estados Unidos, o que gera preocupação na indústria química e entre os agricultores britânicos.

*Com informações da AFP



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