O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima concedeu nesta quinta-feira uma liminar ao presidente da CBF, Samir Xaud, afastando o dirigente de uma investigação por crimes eleitorais no estado. A decisão é do desembargador e vice-presidente do TRE-RR, Jésus Nascimento.
Ontem, o cartola foi um dos alvos da operação Caixa Preta, da Polícia Federal, que apura suposta compra de votos durante a eleição municipal de Boa Vista em 2024. Além da sede da CBF, investigadores estiveram na residência de Xaud para cumprir mandados de busca e apreensão.
A deputada Helena Lima e o marido dela, Renildo Lima, que foi preso no ano passado com R$ 500 mil, são os principais investigados do caso. Membro do mesmo grupo político, Xaud é suplente de Helena.
Em sua decisão, o magistrado afirma que a investigação penal não apresentou provas ou indícios o suficiente para atuar contra o presidente da CBF. “Não restaram demonstrados elementos concretos de autoria e materialidade delitiva capazes de associar a participação do paciente na prática de crime eleitoral”.
Em nota da CBF, Xaud afirmou ter mantido tranquilidade apesar da exposição sofrida. “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro”.
Advogado do presidente da CBF, Rafael Carneiro destacou que a suspensão da investigação baseia-se na ausência de qualquer indício de ilícito relacionado a Xaud.
“A decisão do desembargador reforça a confiança nas instituições e o princípio basilar de que as investigações devem ser conduzidas com responsabilidade e seriedade, evitando arbitrariedades e açodamentos”, disse Carneiro.
