28 de julho de 2025 — No mês de conscientização sobre o câncer de bexiga, conhecido como Julho Roxoespecialistas reforçam os cuidados com a saúde urinária e a importância do diagnóstico precoce. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil pode registrar mais de 11 mil novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025. Somente no estado do Ceará, foram previstos 340 novos diagnósticos para o ano de 2023.
A maioria dos casos de câncer de bexiga se desenvolve a partir da camada interna da bexiga, o urotélio. De acordo com o urologista Diego Capibaribe, cerca de 50% dos casos estão ligados ao consumo de cigarrojá que substâncias tóxicas presentes na fumaça são eliminadas pela urina, entrando em contato direto com a mucosa da bexiga.
Além do tabagismo, outros fatores de risco incluem exposição ocupacional a substâncias químicas como corantes industriais e derivados de petróleo, infecções urinárias recorrentes, histórico familiar da doença e idade acima de 55 anos. Os homens são os mais afetados, com uma proporção de três casos masculinos para cada caso feminino. “A testosterona também pode influenciar o desenvolvimento de tumores uroteliais”, destaca Capibaribe.
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Sinais de alerta e tratamento precoce podem salvar vidas
O principal sintoma do câncer de bexiga, mesmo em estágios iniciais, é a presença de sangue na urina (hematúria), que pode ser visível ou microscópica. Outros sinais incluem dor ou ardência ao urinar, necessidade frequente de urinar e urgência urinária com pouco volume.
O tratamento depende do estágio do tumor. “Nos casos iniciais, conseguimos remover o tumor por um aparelho inserido pela uretra, sem cortes. Também usamos medicamentos aplicados diretamente na bexiga, como o BCG, que estimulam o sistema imunológico a combater as células doentes”, explica Capibaribe.
Prevenir é o melhor caminhoe a principal recomendação é parar de fumar. Evitar a exposição a produtos químicos nocivos, manter uma boa hidratação e fazer acompanhamento médico regular também são medidas fundamentais.
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