Israel aprova plano militar de Netanyahu para ocupar Gaza

Israel aprova plano militar de Netanyahu para ocupar Gaza

Artigo Policial

Governo israelense divulgou comunicado expondo o projeto do primeiro-ministro para ‘derrotar o Hamas’, que inclui a ocupação do território da Palestina, sem esclarecer o que acontecerá com o enclave e a população

Omar al-Qattaa / AFPUm palestino reage à destruição após um ataque noturno ao Centro de Saúde Sheikh Radwan, administrado pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), no norte da Cidade de Gaza, em 6 de agosto de 2025. A agência de defesa civil de Gaza informou que 68 pessoas foram mortas por tiros e ataques aéreos israelenses em 5 de agosto, incluindo 56 que aguardavam perto de locais de distribuição de ajuda humanitária dentro do território palestino. (Foto de Omar AL-QATTAA / AFP)

O Gabinete de Segurança do governo de Israel deu sinal verde na madrugada desta sexta-feira (8) a um plano militar proposto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para ocupar a Cidade de Gazano norte do enclave. Após cerca de dez horas de reunião, o governo israelense divulgou um comunicado expondo o plano de Netanyahu para “derrotar o Hamas”, que inclui a ocupação da Cidade de Gaza, sem esclarecer o que acontecerá com o restante do enclave, embora o primeiro-ministro tenha declarado sua intenção de estender a operação a toda a Faixa antes de iniciar a sessão de debate com o gabinete. “As Forças de Defesa Israelenses (FDI) se prepararão para assumir o controle da Cidade de Gaza, ao mesmo tempo em que garantem o fornecimento de ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate”, detalha o comunicado.

O governo também garante que o gabinete adotou “por maioria de votos” cinco princípios para encerrar a guerra: desarmar o Hamas, o retorno de todos os reféns vivos ou mortos, a desmilitarização da Faixa de Gaza, o controle de segurança israelense na Faixa de Gaza e o estabelecimento de uma “administração civil alternativa” para o enclave que não seja do Hamas nem da Autoridade Palestina, que atualmente governa em partes da Cisjordânia ocupada. Em declarações à rede de televisão “Fox” antes da reunião do gabinete, Netanyahu afirmou que seu objetivo era ocupar toda Gaza, mas que não pretende mantê-la nem governá-la, e sim manter um “perímetro de segurança” e entregá-la a “forças árabes que a governem” sem ameaçar Israel e sem o Hamas.

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De acordo com o comunicado, na reunião um “plano alternativo” foi descartado por ser considerado incapaz de “alcançar a derrota do Hamas ou o retorno dos reféns”. Sem mais alusões oficiais, a imprensa israelense informa que esse plano teria vindo do chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir, que já havia se confrontado com Netanyahu ao expressar sua rejeição à ocupação de toda a Faixa. As milícias palestinas ainda mantêm 50 cativos, dos quais apenas cerca de 20 estariam vivos, segundo Israel. A ONU advertiu na quarta-feira que, se Israel implementar este plano, haverá “consequências catastróficas” para a população de Gaza.

*Com informações da EFE



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