Irmão de Lula será convocado para CPMI do INSS? Senador responde

Irmão de Lula será convocado para CPMI do INSS? Senador responde

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A convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chicoirmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para depor na CPMI do INSS está em análise e dependerá das próximas etapas da investigação. A informação é do senador Izalci Lucas (PL-DF), membro titular da comissão no Congresso. Em entrevista ao Ponto de Vistade VEJAnesta terça-feira, 30, ele afirmou que a decisão será tomada após o colegiado analisar a quebra de sigilos de entidades investigadas pela Polícia Federal.

Segundo o parlamentar, já foram aprovadas convocações para os presidentes de instituições sob suspeita, mas outros nomes ainda serão avaliados. “Na quebra de sigilo, nós vamos ver até que ponto essas facilidades junto ao Dataprev e ao INSS não tiveram realmente influência política, se o irmão do Lula não interferiu nisso”, afirmou Izalci.

A apuração se concentra, entre outros pontos, nos convênios firmados pelo Sindnapi, que Frei Chico é vice-presidente, e pela Contag com o INSS. O senador ressaltou que esses contratos não poderiam sequer existir, à luz da lei de 2014, que proíbe a celebração de convênios entre órgãos públicos e entidades dirigidas por parentes de autoridades até o segundo grau.

A Contag é comandada por um dirigente que tem como irmão o vice-presidente da Câmara, deputado Carlos Veras (PT-PE). Mesmo diante dessas restrições legais, os convênios foram renovados em anos recentes, o que, para Izalci, pode indicar possível favorecimento político.

“Queremos saber por que foram renovados. Talvez tenha sido influência política”, salientou o senador. Ele acrescentou que há requerimentos de convocação não apenas do irmão de Lula, mas também de outros dirigentes de entidades sindicais, que poderão ser chamados a depor.

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A CPMI do INSS busca esclarecer o fluxo de recursos repassados a sindicatos e organizações, investigando se houve irregularidades na destinação do dinheiro público. A análise da quebra de sigilos, segundo Izalci, permitirá “demonstrar o caminho do recurso” e apontar responsabilidades.

O senador frisou que a apuração ainda está em andamento e que novas convocações dependerão da consistência das provas. “Os demais nós vamos avaliar na medida em que tivermos informações”, declarou.

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Com a investigação avançando sobre possíveis interferências políticas em convênios, a expectativa é de que os próximos passos da CPMI do INSS elevem a pressão sobre figuras próximas a autoridades do Executivo e do Legislativo, em um processo que pode gerar desdobramentos políticos de maior alcance.

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