Câmara dos Deputados aprova punição maior para quem provocar incêndio florestal

Incêndios florestais deterioram a qualidade do ar a quilômetros de distância, alerta ONU

Artigo Policial

Organização Meteorológica Mundial alerta que ‘as mudanças climáticas e a poluição atmosférica não conhecem fronteiras nacionais, como demonstram o calor intenso e a seca que alimentam o fogo nas florestas’

Chico Ribeiro / Governo MSIncêndios florestais entre Miranda e Corumbá BR 262 e MS 184

OS incêndios florestais liberam uma “mistura tóxica” de poluentes que pode deteriorar a qualidade do ar a milhares de quilômetros de distância, afirmou nesta sexta-feira (5) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que observou uma notável anomalia na Amazônia em 2024. A agência da Ele explicou que a qualidade do ar está intimamente relacionada com as mudanças climáticas e que os dois problemas devem ser abordados de maneira conjunta. Os incêndios na AmazôniaCanadá e Sibéria proporcionaram informações sobre como a qualidade do ar pode ser afetada em larga escala, destacou a OMM em seu quinto boletim anual sobre a qualidade do ar e clima.

“As mudanças climáticas e a poluição atmosférica não conhecem fronteiras nacionais, como demonstram o calor intenso e a seca que alimentam os incêndios florestais e degradam a qualidade do ar para milhões de pessoas”, declarou a secretária-geral adjunta da OMM, Ko Barrett. Ao examinar a interação entre qualidade do ar e clima, a OMM destaca o papel das partículas microscópicas chamadas aerossóis nos incêndios, na formação da neblina de inverno, nas emissões do transporte marítimo e na poluição urbana. As partículas com um diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (PM 2,5) são consideradas especialmente prejudiciais porque podem penetrar profundamente nos pulmões ou no sistema cardiovascular.

Embora os incêndios florestais de 2024 tenham provocado níveis de PM 2,5 superiores à média no Canadá, Sibéria e África Central, o maior aumento de PM 2,5 foi registrado na Amazônia, segundo a OMM. “A maior anomalia ocorreu na bacia do Amazonas, em consequência dos incêndios florestais sem precedentes registrados na região oeste da Amazônia e dos fogos alimentados pela seca que castigaram o norte da América do Sul”, afirmou a OMM em um comunicado. Em uma entrevista coletiva, Lorenzo Labrador, cientista da OMM, destacou que “a temporada de incêndios florestais tende a ser mais severa e prolongada a cada ano devido às mudanças climáticas”.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Além disso, ele apontou que os incêndios florestais em um continente acabaram provocando poluição atmosférica em outro. “Isto aconteceu no ano passado e também neste ano. Portanto, observamos uma degradação da qualidade do ar em todos os continentes quando as condições meteorológicas são favoráveis”, enfatizou. Como exemplo, ele mencionou o caso dos incêndios no Canadá que afetaram a Europa. “Estes incêndios produziram essencialmente uma mistura tóxica de componentes que poluem o ar”, resumiu.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição atmosférica provoca mais de 4,5 milhões de mortes prematuras a cada ano em todo o mundo e acarreta importantes custos ambientais e econômicos.

*Com informações da AFP



Conteúdo original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *