15 de agosto de 2025 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou nesta sexta-feira (15) ao Conselho de Ética 20 pedidos de abertura de processos por quebra de decoro parlamentar contra 11 parlamentares. Entre eles, estão quatro representações que pedem a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP)filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Representações contra Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares
No mesmo despacho, Hugo Motta também enviou representações contra André Janones (Avante-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Lindbergh Farias (PT-RJ), Gilvan da Federal (PL-ES), delegado Éder Mauro (PL-PA), Guilherme Boulos (PSOL-SP), José Medeiros (PL-MT), Sargento Fahur (PSD-PR), Kim Kataguiri (União-SP) e Célia Xakriabá (PSOL-MG).
O caso de Eduardo Bolsonaro se destaca pela gravidade das acusações. Ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução à Justiça e coação no curso de processo judicial. O deputado teria deixado o Brasil para morar nos Estados Unidos, onde passou a defender sanções contra a economia brasileira e autoridades nacionais, incluindo integrantes do STF.
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Acusações de atentado à soberania nacional
De acordo com três representações do PT e uma do PSOL, Eduardo Bolsonaro teria articulado, em território estrangeiro, medidas que configuram “retaliações contra o próprio país” e contra um ministro do STF. O objetivo, segundo as denúncias, seria coagir ou intimidar membros do Poder Judiciárioespecialmente o relator de ações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a tentativa de golpe de Estado de 2022.
O parlamentar nega as acusações, afirma ser “perseguido político” e condiciona o fim das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil a uma “anistia geral e irrestrita” para todos os condenados pelos atos golpistas.
Crise política e resistência à anistia
A proposta de anistia foi um dos principais pontos da pauta de oposição durante o motim de parlamentares na primeira semana de agosto, quando houve paralisação dos trabalhos legislativos.
Em entrevista à GloboNews, Hugo Motta foi categórico ao afirmar que não cederá à pressão:
“Não há ambiente na Casa para uma anistia ampla, geral e irrestrita. Não é razoável anistiar pessoas que planejaram matar autoridades”, declarou o presidente da Câmara.
Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma tentativa de golpe de Estado, pressionando comandantes militares para anular as eleições de 2022. As investigações da Polícia Federal (PF) apontam que havia planos para matar e prender autoridadeso que é negado pelos acusados. O julgamento no STF está marcado para 2 de setembro.
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