Governo de São Paulo sinaliza volta da venda de bebidas alcoólicas nos estádios após quase 30 anos

Governo de São Paulo sinaliza volta da venda de bebidas alcoólicas nos estádios após quase 30 anos

Artigo Policial

Audiência pública foi realizada na Alesp nesta terça-feira (30); proibição entrou em vigor em 1996, um ano depois de batalha campal no Pacaembu

Rodrigo Coca/Agência CorinthiansTorcida organizada do Corinthians na arquibancada da arena de Itaquera

O governo do Estado de São Pauloem acordo com a Polícia Militaro Ministério Público e a Defensoria Pública, anunciou a intenção de retomar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios paulistas, proibida por lei estadual desde 1996. A decisão ainda depende da aprovação de uma nova legislação na Assembleia Legislativa (Alesp). O anúncio foi feito pelo deputado estadual Delegado Olim (PP), autor de um dos projetos que regulamentam o consumo de álcool nos estádios, durante audiência pública realizada na segunda-feira (29).

Segundo ele, o Palácio dos Bandeirantes já enviou uma minuta de projeto que prevê regras de controle da venda, incluindo limite de duas bebidas por torcedor, graduação alcoólica máxima e recipientes de plástico ou biodegradáveis ​​de até 600 ml. A medida não valeria para categorias de base.

“O Brasil inteiro bebe nos estádios. Só aqui em São Paulo que não”, afirmou Olim, defendendo que a regulamentação seja aplicada de forma responsável. O parlamentar pretende unificar os projetos existentes em um texto único e acelerar sua tramitação junto ao presidente da Alesp, André do Prado (PL).

A proposta inclui a exigência de que os clubes assumam parte do custo da segurança nos jogos, conforme destacou a deputada Carla Morando (PSDB). “Quando falamos de eventos privados que geram receita, o custo da segurança não pode recair apenas sobre o poder público. É justo que os clubes e organizadores assumam parte desse efetivo”, disse.

Representantes do futebol paulista, como o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, e o diretor jurídico do São PauloWagner Hipper, destacaram os impactos econômicos da medida. Além de aumentar a receita dos clubes, a venda de bebidas beneficiaria trabalhadores das arenas, proprietários de cantinas e fabricantes de cerveja, além de equilibrar a competitividade financeira com outros estados, como o Rio de Janeiro, onde o consumo já é permitido.

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A legislação estadual que proibiu o álcool em 1996 surgiu após confrontos entre torcidas no Pacaembu em 1995 e já havia sido contestada judicialmente pelo São Paulo, mas as ações foram rejeitadas pelo TJ-SP e pelo STF. Tentativas de liberação anteriores, como em 2019, foram vetadas pelo então governador João Doria. Agora, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) opta por criar um novo projeto de lei, em vez de derrubar o veto antigo.

*Reportagem produzida com auxílio de IA



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