02 de setembro de 2025 – O procurador-geral da República, Paulo Gonetafirmou nesta terça-feira (2) que é “imperativo” punir os réus da chamada trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF)ele classificou o caso como um “Panorama assustador e escuro” de ataque contra a democracia.
Atentado contra a ordem democrática
Segundo Gonet, os atos investigados não podem ser vistos como meras “aventuras utópicas” ou “precipitações irreverentes”. Para ele, o plano configurou um grave ataque às instituições democráticas e deve servir como exemplo dissuasório contra futuras ameaças de ruptura institucional.
“O que está em julgamento são atos que hão de ser considerados graves enquanto quisermos manter a vivência de um Estado Democrático de Direito”, afirmou o procurador-geral.
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Argumentos apresentados no STF
Gonet destacou que nenhum recurso jurídico seria capaz de deter uma tentativa de usurpação de poder pela força bruta. Porém, ao não se consumar, o ataque pode ser enfrentado dentro do próprio Estado de Direito.
“Opera como elemento dissuasório contra o ânimo por aventuras golpistas e expõe a determinação da cidadania pela continuidade da vida pública inspirada nos direitos fundamentais”, declarou.
Réus do núcleo golpista
Entre os acusados do núcleo central da trama golpista estão:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin e atual deputado federal
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Todos respondem por crimes como organização criminosa armada, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. No caso de Alexandre Ramagem, parte das acusações foi suspensa em razão do mandato parlamentar.
Se condenados, os réus podem enfrentar penas que ultrapassam 40 anos de prisãodependendo da participação de cada um no complô.
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Tags: Paulo Gonet, STF, julgamento Bolsonaro, trama golpista, golpe de Estado, democracia, Supremo Tribunal Federal, PGR, crimes contra a democracia, política brasileira