A França e a Polônia assinaram na sexta -feira um tratado que comprometeu os dois lados com assistência mútua no caso de um ataque de um agressor, fortalecendo os laços entre os pesos pesados da UE após a invasão da Rússia da Ucrânia.
O acordo foi assinado na cidade de Nancy, leste da França, pelo presidente francês Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro polonês Donald Tusk, ambos entre os mais fortes apoiadores europeus da Ucrânia após a invasão em grande escala da Rússia.
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Condenando os comentários de Vladimir Putin em um desfile militar de Moscou marcando 80 anos desde a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, Macron disse que o líder russo estava “do lado da guerra, não da paz”.
O texto do tratado de amizade e cooperação, visto pela AFP, afirma: “No caso de agressão armada em seus territórios, as partes prestarão assistência mútua, inclusive por meios militares”.
Macron enfatizou que um dos aspectos principais do tratado era uma cláusula sobre “defesa mútua”, enquanto insistia que isso foi um acréscimo às proteções já oferecidas pela OTAN e pela União Europeia.
“Não substitui a OTAN ou a UE”, disse Macron ao lado da presa, acrescentando: “reforça o que já existe hoje”.
Ele também sugeriu que as tropas pudessem se mobilizar rapidamente.
“Não tenho dúvidas de que sim, essa implantação seria possível diante da agressão e se o pior acontecesse.”
Presa anteriormente saudou a cláusula de “garantias de segurança mútua” enfrentando o que acontece “no caso de um ataque contra um de nossos países”.
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Este novo tribunal procura fechar essa brecha e se concentra em tentar manter o topo de cerca de 20 a 30 funcionários da Rússia responsável pelo ataque total.
Macron, que lidera o único poder de armas nucleares da UE, também implicava que o arsenal atômico da França poderia fazer parte dessa assistência.
“Os interesses de nossos principais parceiros são integrados na decisão de quais são nossos interesses vitais”, disse ele.
Essa proteção é de imenso interesse para a Polônia, que tem uma fronteira terrestre com o exclato da Rússia de Kaliningrado e alertou repetidamente que também poderia ser o alvo da agressão russa.
‘Guerra não paz’
Mas com os Estados Unidos, apoiados por seus aliados europeus, propondo um cessar-fogo incondicional de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia, Macron pintou uma imagem sombria do interesse de Putin em paz.
“O presidente Putin está do lado da guerra, não o lado da paz. Os comentários beligerantes que ele fez, a realidade de todos os dias, apenas sublinham isso”, disse ele.
Os laços entre a França e a Polônia se apertaram desde que Tusk, ex -presidente do Conselho Europeu, tornou -se primeiro -ministro no final de 2023, encerrando anos de governo pelo Partido Conservador da Lei e Justiça (PIS).
Tais parcerias cresceram ainda mais depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro que a Europa deve fazer mais para garantir sua própria segurança.
Analistas dizem que a Polônia, membro da OTAN, poderia ter o maior exército da UE na próxima década.
O exército polonês terá 216.000 soldados em 2024, de acordo com dados da OTAN, já mais que os exércitos franceses (205.000) e alemães (186.000). O objetivo é alcançar 300.000 soldados até 2035.
‘Traz vergonha’
A localização e o tempo da assinatura do tratado em Nancy também foram carregados com simbolismo.
Nancy faz parte da região leste de Lorraine, governada no século XVIII pelo rei polonês deposto Stanislaw I, que também era o sogro do rei francês Luís XV. A praça principal de Nancy é chamada Place Stanislas em sua homenagem.
Tusk e Macron também mostraram sua aliança no mesmo dia em que Putin sediou o desfile da Praça Vermelha com os convidados, incluindo o presidente chinês Xi Jinping e Robert Fico, o primeiro -ministro da Slováquia, membro da UE.
Sem nomear diretamente o FICO, Tusk disse que participar do desfile “traz vergonha”.
A Polônia também está se preparando para as eleições presidenciais em 18 de maio, onde um candidato nacionalista apoiado pelo PIs desafiará o prefeito pró-europeu de Varsóvia que tem o apoio da presa, em meio a avisos do risco de uma campanha de desinformação russa.