Eu não planejava parar no curto prazo, porque ainda estava me sentindo bem. Passei muito tempo da carreira fora do Brasil, em condições muito melhores, e nunca tive muitas lesões. Nos últimos dois anos antes de vir para o Vasco, jogava no Catar, onde o campeonato tem menos intensidade, é menos disputado e há menos jogos e viagens. Quando voltei, pensava: “Ah, vou ficar uns dois, três anos no Brasil e paro”. Então, vieram os 36; depois, “opa, dá para ir até os 38, 40…”. A partir dessa idade, passei a pensar: “Mais um, mais um…”. Lembro que, quando estava no São Paulo, em 2018, o coordenador de futebol Ricardo Rocha falou: “E aí, já faz um tempinho que você está me falando ‘só mais dois anos’. Vai por mais quanto tempo?”. E eu respondi: “Acho que só mais dois anos”.
