10 de setembro de 2025 – A Embratur, em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), lançou em Salvador (BA) o Guia de Igualdade Racial no Turismodurante o workshop Trilhas do Afroturismo Internacional. O documento busca promover práticas inclusivas e valorizar a cultura afro-brasileira como diferencial competitivo no setor turístico.
Afroturismo como vetor de transformação
O guia define o Afroturismo como segmento que valoriza a história, a ancestralidade e a identidade negra, propondo experiências conduzidas por protagonistas negros. Segundo a Embratur, a iniciativa responde ao cenário de exclusão ainda presente no turismo e se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como a redução das desigualdades, a promoção da igualdade de gênero e o combate à pobreza.
“Promover a igualdade racial não é apenas uma questão de justiça social, mas de inteligência de mercado”, destacou Marcelo Freixo, presidente da Embratur. Ele ressaltou que o Brasil tem potencial para se tornar líder global no afroturismo ao qualificar destinos e valorizar sua diversidade cultural.
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Diretrizes para o mercado
O guia traz orientações práticas para empresas e profissionais, sugerindo medidas como:
- revisão de editais de vagas para evitar linguagem excludente;
- divulgação de oportunidades em redes comunitárias negras;
- criação de painéis de entrevistadores diversos;
- formação contínua em Letramento Racial;
- elaboração de materiais de divulgação que representem positivamente a diversidade.
Para a coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur, Tania Neres, o material é um marco no setor:
“Essa publicação materializa nosso compromisso em fornecer diretrizes claras para um turismo que reflita a diversidade do Brasil”.
Já para o diretor de Diversidade da CAF, Eddi Marcelin, a proposta fortalece o ecossistema de protagonismo negro e amplia o impacto econômico aliado ao resgate da memória cultural.
Um turismo antirracista
O guia também defende uma postura ativa de antirracismoentendida como enfrentamento contínuo às práticas discriminatórias. A consultora Natália Oliveira, integrante da equipe técnica, destacou o ineditismo do documento:
“Trata-se de um avanço fundamental na construção de um turismo antirracista e inclusivo”.
Com a iniciativa, a Embratur e o CAF fornecem ao setor uma ferramenta estratégica para que o Brasil avance em direção a um turismo mais justo, competitivo e internacionalmente reconhecido pela valorização da cultura afro-brasileira.
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