Deputado participou de forma remota diretamente dos Estados Unidos, onde permanece desde o início do ano, e afirmou que as sanções aplicadas com base na Lei Magnitsky seriam consequências de violações de direitos humanos
A Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira (28) uma audiência pública para discutir os desdobramentos dos atos de 8 de janeiro e suas repercussões internacionais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou de forma remota diretamente dos Estados Unidos, onde permanece desde o início do ano. Durante sua fala, Eduardo voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraesfazer Supremo Tribunal Federal (STF)e afirmou que as sanções aplicadas pelos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky, seriam consequência de violações de direitos humanos. Segundo ele, outros ministros do STF e membros do governo Lula também podem ser alvo de penalidades semelhantes.

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O parlamentar declarou que “quem presta apoio, logístico ou até moral, corre o risco de sofrer as mesmas sanções”. Ele ainda indicou que novas medidas internacionais contra autoridades brasileiras seriam “muito prováveis”, dependendo do posicionamento das autoridades americanas. Analistas políticos avaliam que a postura do deputado deve intensificar a tensão entre o STF e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um momento em que se aproxima o julgamento sobre a acusação de tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-mandatário.
Nos bastidores, circulam informações de que a família Bolsonaro vive um período de divisão interna. Enquanto Eduardo e Carlos adotam uma postura mais dura contra as instituições, o senador Flávio Bolsonaro tem atuado de forma mais moderada, buscando articulação política junto a governadores e partidos do centrão. Além disso, aliados relatam que Jair Bolsonaro enfrenta problemas de saúde e estaria fisicamente debilitado, o que aumenta a apreensão da família diante da possibilidade de condenação. A percepção de isolamento político cresce, sobretudo após alguns antigos aliados se distanciarem do ex-presidente, enquanto nomes como o governador Tarcísio de Freitas ganham destaque como potenciais líderes da direita.