Ministro do STF virou alvo da Lei Magnitsky, uma das medidas punitivas mais severas adotadas pelo governo dos Estados Unidos
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo em suas redes sociais em que diz ter voltado a comer chocolate após um período de abstinência. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter feito uma promessa de não comer o doce até que o ministro Alexandre de Moraesdo Supremo Tribunal Federal (STF), fosse sancionado pelo governo dos EUA. “Eu sou chocólatra, por isso fiz essa promessa”, disse Eduardo. No vídeo, o parlamentar se emociona enquanto come um pote de sorvete.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o início de 2025. Em março, pediu licença do mandato na Câmara e anunciou que permaneceria no país, onde buscaria “sanções aos violadores dos direitos humanos”, em referência a Moraes e outras autoridades que se alinham ao ministro do STF.
O filho “03” de Bolsonaro celebrou o decreto da Lei Magnitsky contra Moraes, a primeira autoridade de um país democrático a ser sancionada com a norma, que prevê bloqueio de bens e proibição de entrada nos Estados Unidos. O decreto também proíbe que Moraes contrate serviços de entidades que façam transações nos Estados Unidos, o que tem potencial de atingir as contas bancárias do ministro.
Além da Lei Magnitsky, Eduardo disse concordar com a imposição de tarifas a produtos brasileiros nos Estados Unidos. “Tanto que chamo de Tarifa-Moraes”, disse o parlamentar em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Horas depois de decretar a Lei Magnitsky contra Moraes, o governo Trunfo ratificou a imposição da tarifa de 50% a produtos do Brasil. No entanto, segundo um informe da Casa Branca, quase 700 produtos ficaram de fora do decreto. Entre as principais mercadorias prejudicadas, estão o café e as carnes.
Eduardo Bolsonaro é investigado no STF por coagir o processo penal contra seu pai, réu por golpe de Estado. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o deputado federal têm utilizado as punições ao Brasil como meio de obstrução da ação penal contra Jair Bolsonaro.

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A licença de Eduardo Bolsonaro encerrou-se em 20 de julho. O parlamentar disse não ter pretensão de voltar ao país. O deputado federal pode perder o mandato pelo limite de faltas não justificadas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nátaly Tenório