Entenda os impactos econômicos do aumento da tarifa de 50% impostas por Trump ao Brasil

Donald Trump afirma que tarifaço transformou os EUA de ‘um país morto’ em ‘o mais atraente do mundo’

Artigo Policial

Presidente dos Estados Unidos celebrou tarifas que entrarão em vigor nesta sexta-feira e projetou que as medidas farão o país ‘grande e rico’ novamente

Efe/EPA/Samuel Corum/PoolDonald Trump afirma que tarifas farão EUA ‘grandes e ricos novamente’

O presidente dos EUAAssim, Donald Trumpcelebrou as tarifas que irá impor a partir de sexta-feira (1º) aos parceiros comerciais e assegurou que farão com que os EUA sejam “grandes e ricos” novamente, enquanto o tempo se esgota para os países que negociam acordos com o objetivo de evitá-las. Primeiro de agosto tornou-se a nova data simbólica para uma série de tarifas alfandegárias além do mínimo universal de 10%, imposto em abril à maioria dos países, e das aplicadas a certos produtos, como 50% sobre alumínio e aço ou 25% sobre automóveis. Há exceções, como os produtos protegidos pelo Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC), do qual Canadá e México fazem parte.

“As tarifas tornam os Estados Unidos grandes e ricos de novo”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social nesta quinta-feira (31), horas antes de expirar o prazo para que os países negociem acordos comerciais com Washington. “Há um ano, os Estados Unidos eram um país morto, agora são o país ‘mais atraente’ do mundo”, acrescentou em letras maiúsculas.

Na sexta-feira também entrarão em vigor sobretaxas de 50% para os produtos fabricados com cobre, mas excluem as importações do metal bruto, uma ótima notícia para o Chile. Em abril, Trump adiou as sobretaxas por 90 dias, até o início de julho, e novamente até 1º de agosto, para dar tempo às negociações comerciais, mas na quarta-feira (30) avisou que agora são “inadiáveis”.

As tarifas alfandegárias sobre os produtos de aproximadamente 80 países, incluindo os 27 da União Europeia (UE), aumentarão a partir da meia-noite, entre 11% e 50%, dependendo da origem dos bens. Alguns países, como a UeJapão, Coreia do Sul, Reino Unido, Vietnã, Indonésia e Filipinas, chegaram a acordos com a Casa Branca, o que se traduz em sobretaxas inferiores às inicialmente anunciadas.

Brasil e México

Alguns parceiros comerciais dos Estados Unidos encontraram limitações nas negociações. É o caso do Brasilaté agora o mais afetado pelas tarifas alfandegárias, em parte como retaliação pelo julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaroacusado de tentativa de golpe de Estado após perder as eleições presidenciais de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. Os produtos brasileiros estarão sujeitos a uma sobretaxa de 50% a partir de 1º de agosto, com exceções como suco de laranja, energia, aeronaves civis e seus componentes, fertilizantes, metais preciosos, celulose ou ferro-gusa, entre outros.

Também não se sabe o que acontecerá com a sobretaxa de 30% com que Trump ameaçou o México, por considerar que o país não se esforça o suficiente no combate ao tráfico de fentanil, um opioide sintético responsável por uma crise de saúde nos Estados Unidos.

De acordo com o Laboratório de Orçamento da Universidade de Yale, até 30 de julho, as tarifas médias situavam-se acima de 18%, o nível mais alto desde 1933, e poderiam aumentar ainda mais.

O Federal Reserve (banco central dos EUA) afirmou na quarta-feira que o crescimento dos Estados Unidos desacelerou no primeiro semestre de 2025, embora o mercado de trabalho permaneça sólido, com uma taxa de desemprego baixa. “As tarifas estão minando gradualmente a atividade econômica”, assegura a economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic.

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Aumento de preços

Segundo Samuel Tombs, chefe de Economia da Pantheon Macroeconomics, o crescimento dos Estados Unidos no segundo semestre do ano será ainda inferior a 1% ao ano. Quanto à inflação, o professor de economia da Universidade de Harvard, Jason Furman, prevê que aumente até 3%.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que as tarifas impulsionam os preços de alguns produtos. “Estamos vendo o início dos efeitos nos preços dos bens”, que poderiam ser “mais ou menos” elevados, mas, em qualquer caso, “não serão nulos”, ressaltou.

*Com informações da AFP

Publicado por Nícolas Robert



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