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Defesa Civil Alerta e Letramento Digital são temas da Anatel no primeiro dia do maior congresso de telecomunicações do País

Anatel e Labres

No primeiro dia de debates e palestras do Futurecom (30/9), a superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Suzana Rodrigues, e a gerente de Canais de Relacionamento com os Consumidores, Irani Cardoso, apresentaram os esforços do órgão regulador para a implementação do Defesa Civil Alerta e para a ampliação do letramento digital da população, respectivamente. O Futurecom, maior congresso de telecomunicações do País, chega à sua 30ª edição.

Em palestra sobre Monitoração Climática, Suzana detalhou o funcionamento do Defesa Civil Alerta, que passa, a partir de 1º de outubro, com a inclusão da Região Centro-Oeste, a ser disponibilizado em todo o território nacional. A ferramenta exibe mensagens de texto em formato pop-up diretamente na tela do celular, interrompendo o que estiver sendo acessado no momento. Os alertas são enviados para celulares compatíveis, conectados às redes 4G ou 5G, localizados em áreas de risco de desastres, como enchentes e deslizamentos.

Aos representantes de órgãos de monitoramento climático presentes no painel, Suzana destacou a participação de diversos institutos no projeto, como o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Ministério das Comunicações. O gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo, Hassan Barakat, também mencionou, em sua fala, o esforço da Anatel em garantir que a informação chegue ao cidadão. Em junho, o Defesa Civil Alerta recebeu o Prêmio Seleção Mobile Time 2025, na categoria voto popular.

Letramento Digital

O expressivo avanço da conectividade no Brasil permitiu que a Anatel direcionasse parte de seus esforços ao letramento digital, destacou a gerente de Canais de Relacionamento com os Consumidores, Irani Cardoso. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, apontam que, em 2024, o País tinha 167,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais com telefone celular para uso pessoal, o que correspondia a 88,9% da população nessa faixa etária.

Na palestra sobre Letramento Digital e Educação Continuada, Irani apresentou também resultados da pesquisa sobre conectividade significativa, divulgada em setembro e realizada em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). O estudo revelou que, entre as pessoas que não possuem computador de mesa ou portátil, quase metade (47,3%) afirmou que o principal motivo é o alto custo de aquisição.

Segundo a gerente, essa questão é relevante para a formação dos estudantes, já que a tela do celular não é adequada para a absorção de diversos conteúdos educacionais. Por isso, o acesso a equipamentos e seu custo são fatores que permanecem no radar da Agência.

O trabalho de identificação do uso da internet e dos equipamentos relacionados conta também com o apoio do Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) da Anatel, responsável pela participação da Agência na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec) do Governo Federal. A iniciativa é custeada, em parte, com recursos provenientes dos compromissos assumidos pelas prestadoras de telecomunicações no leilão de frequências do 5G.

Entre outras ações para promover uma conectividade significativa e o uso seguro da internet, Irani destacou iniciativas da Anatel de divulgação à população, como o Outubro Ciberseguro, e o teatro pedagógico “Vida de Influencer”, que aborda perigos digitais, privacidade e cyberbullying, voltado a estudantes de escolas públicas.

Gerente Irani Cardoso (primeira à direita)



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