Desde que De la Cruz havia atuado pela última vez, há um mês, muita coisa aconteceu em sua vida. O principal episódio sequer envolveu o uruguaio, mas sim José Luiz Runco, ex-chefe do departamento médico do clube, demitido após um vazamento de mensagens nos quais detonava a condição física do volante. Ele voltou a jogar ontem, na vitória por 3 a 1 sobre o Internacional, pelo Brasileirão.
Ao falar com jornalistas pela primeira vez desde a polêmica, na zona mista do Beira-Rio, De la Cruz se esquivou e preferiu projetar uma sequência na temporada, mas deu o recado:
— Ninguém conhece meu corpo melhor do que eu. Então, hoje, me senti bem. Vou continuar trabalhando para dar continuidade a uma sequência de jogos. Depois, o treinador é que vai lançar os jogadores em campo. Vou tentar estar disponível para todos as partidas que vêm pela frente. Eu trabalho para isso. Na quarta-feira, tem mais — disse, referindo-se ao jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, contra o mesmo Inter.
No final de julho, o jogador foi liberado para ir ao Uruguai passar um tempo com a família e “esfriar a cabeça”. Segundo ele, porém, a viagem já estavam programada junto ao departamento médico.
— Eu fiquei com a minha família porque já tinha programado, não pela causa que você falou agora (a polêmica das mensagens). A gente já tinha planejado isso com o departamento médico, que eu seria liberado por um fim de semana para ir ao Uruguai, passar (tempo) com a minha família — contou, antes de prometer que se pronunciará sobre o caso futuramente:
— Muitas coisas aconteceram e foram faladas, sobre as quais não vou falar agora. Chegará um momento em que talvez eu fale alguma coisa, mas estou focado no que preciso fazer. Independentemente do que as pessoas de fora falem, eu sei o que preciso fazer, sei o trabalho que estou fazendo para jogar. O que falam não vai tirar meu foco. Estou focado, sei pelo que preciso trabalhar. Estou tranquilo. Hoje, voltei muito bem e estou muito feliz com isso — concluiu.
De la Cruz atuou por pouco menos de meia hora no Beira-Rio e chegou até a ter uma chance de marcar. Mesmo assim, reconheceu que ainda está abaixo do ritmo de jogo, efeito do mês de ausência.
— O time é muito forte e fechado. Então, quem entra se sai muito bem. Trabalhamos para isso. Hoje, eu tentei acompanhar o ritmo do jogo, mas não consegui. Mas isso é normal, porque fiquei fora por um tempo. O time tentou ajudar a todo momento — valorizou o uruguaio.
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