Cumprir meta fiscal em 2025 está mais fácil do que nos dois anos anteriores, diz IFI do Senado

Cumprir meta fiscal em 2025 está mais fácil do que nos dois anos anteriores, diz IFI do Senado

Artigo Policial

Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) da entidade ainda avaliou que a junção de política monetária contracionista, menor impulso fiscal e cenário externo instável tende a desacelerar o crescimento econômico

© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Fachada do Ministério da Fazenda

A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado avalia que os indicadores econômicos do primeiro semestre de 2025 apontam uma situação melhor para o cumprimento da Meta fiscal este ano, em comparação com 2023 e 2024. A análise consta do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de julho, divulgado nesta quinta-feira (17). A IFI aponta que a tendência de atenuação do desequilíbrio fiscal é confirmada pelos dados do déficit primário corrente, que registrou queda de 2024 para 2025. A entidade pondera, no entanto, que os números devem ser analisados com cautela, uma vez que o Orçamento da União para 2025 só foi aprovado em março, o que levou a um represamento natural da execução orçamentária.

“O pagamento dos precatórios, por exemplo, será concentrado em julho deste ano, diferentemente dos exercícios anteriores. Houve uma baixa execução de emendas parlamentares e de despesas discricionárias não rígidas. Chama também a atenção, como fator corretivo do desequilíbrio, a queda real de 7,4% dos valores pagos no programa Bolsa Família no acumulado do primeiro semestre de 2025 em função da redução de 2,1% no número de famílias beneficiárias e da diminuição do valor médio real do benefício”, diz o relatório, ao ponderar que, por outro lado, persiste uma série de incertezas em relação às receitas.

De acordo com a entidade, a combinação da política monetária contracionista com um impulso fiscal menor e um quadro externo instável deverá resultar na redução do crescimento econômico este ano. “O hiato do produto evidencia que a economia continua operando acima de seu nível potencial, gerando ainda pressões inflacionárias, mas em níveis menores do que nos períodos anteriores”, emenda o relatório. Em relação à taxação de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, a IFI destacou que ainda não estão claros os efeitos sobre a economia nacional e as medidas que serão tomadas pelo governo brasileiro.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

A despeito desse debate, o principal ajuste estrutural ainda se concentra na área fiscal, segundo a entidade. “Não apenas para assegurar a consolidação do arcabouço fiscal vigente e o cumprimento das metas fixadas para 2025 e 2026. Mas, também, para a médio e longo prazos, evitar o estrangulamento do funcionamento da máquina estatal pela compressão absoluta das despesas discricionárias, estancar o crescimento da dívida pública, recuperar a capacidade de investimento governamental e prover recursos adicionais para setores prioritários subfinanciado”, afirma.

*Com informações do Estadão Conteúdo



Conteúdo original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *