Difícil não enxergar no Vasco traços de um time alquebrado. O Botafogo do interino Cláudio Caçapa, com a presença do recém-contratado Davide Ancelotti, não precisou ter a bola para deixar o campo com a sensação de que poderia ter feito mais. A equipe de Fernando Diniz teve a posse de bola (64%), mas não foi competitiva. O técnico relatou problemas clínicos nos dias que antecederam a volta à competição: fratura de Adson, torção no tornozelo de Rayan, panturrilha de Coutinho… Não justifica, porém, a postura frágil e desorganizada. O Botafogo, em fase de remontagem, usou a memória afetiva de seus melhores dias, baixou as linhas e jogou nos espaços abertos do campo defensivo do adversário. Num gramado deplorável, onde a areia se sobressaia, as atuações do zagueiro Kaio, dos volantes Marlon Freitas e Gregore, e dos ofensivos Arthur Cabral, Savarino e Montoro foram de encher de orgulho o coração alvinegro.
